Departamento de Psicologia Experimental
Linhas de Pesquisa: Mecanismos Normais e Patológicos da Visão Humana e Animal.
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Docente do Departamento de Psicologia Experimental do Instituto de Psicologia de 1968 a 2009, permanece como Professora Titular aposentada, atuando como Colaborador Senior. Graduou-se em Psicologia na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (1961), e fez mestrado e doutorado em Psicologia Experimental na Columbia University, New York, (M.A., 1964; Ph.D., 1968). Obteve o título de Livre-docente em 1988 e tornou-se Professora Titular em 1990. No Instituto de Psicologia da USP foi Vice-Diretora, e por duas vezes Chefe do Departamento de Psicologia Experimental. É atualmente Vice-Presidente da Sociedade Brasileira Para o Progresso da Ciencia (2013-2015) e Vice Presidente da Sociedade Brasileira de Psicologia (2013-2015) . Foi Vice Presidente da SBPC (2003-2007; 2011-2013), Presidente da Federação de Sociedades de Biologia Experimental (1996-2001), da Brazilian Research Association in Vision and Ophthalmology (2010-2012) e da Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento (1991-1994) e tem prestado colaboração como membro de vários colegiados da Universidade de São Paulo e de diferentes órgãos, dentre os quais: Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (2006-2008), Conselho Deliberativo do CNPq (2004-2006), Comitê Assessor de Psicologia do CNPq (1993-1996; 2007-2010), e do Latin American Research Committee (LARC) da IBRO (International Brain Research Association) (2010-2013); re-eleita como membro, passou a Presidente do LARC (2013-2016). É Grã Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico, membro titular da Academy of Sciences for the Developing World (TWAS), da Academia Brasileira de Ciências (ABC), da Academia de Ciências do Estado de São Paulo (ACIESP), recebeu a Medalha CAPES 50 anos e a Medalha Neurociências Brasil. Fundou em 1968 o Laboratório de Psicofisiologia Sensorial, no Instituto de Psicologia da USP, para estudar mecanismos neurais da visão através de métodos comportamentais e eletrofisiológicos. Na década de 1990 fundou o Laboratório da Visão, dedicado a pesquisa aplicada em Psicofísica e Eletrofisiologia Visual Clínica para o estudo de doenças neurodegenerativas do sistema visual, de origem genética, metabólica ou por exposição a agentes neurotóxicos – como Distrofia Muscular de Duchenne, neuropatia óptica de Leber, esclerose múltipla, diabetes, intoxicação mercurial – no qual desenvolve ativa colaboração nacional e internacional. Tem publicado internacionalmente nas duas áreas, e como orientadora de pós-graduação, formou até o momento 41 mestres e 28 doutores. Trabalhos de seu grupo receberam 17 prêmios em congressos nacionais e internacionais nos últimos 5 anos (2011-2016).

Mecanismos normais e patológicos da visão humana e animal

Meu grupo de pesquisa estuda visão normal e patológica usando métodos da psicologia e da fisiologia.
No Laboratório de Psicofisiologia Sensorial, fundado em 1972, estudamos as bases neurais do processamento cromático na retina, investigando a visão no ultravioleta, descoberta recentemente em aves, peixes, répteis e até em alguns mamíferos, antes conhecida só em invertebrados. Sua descoberta suscitou muitas perguntas: como é utilizada no comportamento do animal? porque surgiu na evolução? como modifica o conhecimento sobre o processamento neural da visão de cores na retina e no sistema nervoso central? serão tetra- ou pentacromáticos os peixes, répteis e aves antes tidos como tricromáticos (com três receptores, como o homem)? Vários projetos estão sendo conduzidos em nosso laboratório para estudar os mecanismos neurais dessa capacidade.
No Laboratório da Visão: Psicofísica e Eletrofisiologia Visual Clínica, fundado em 1995, estamos estudando o desenvolvimento da visão em bebês e crianças normais, prematuras e com diferentes patologias oculares ou neurológicas utilizando técnicas de potencial visual evocado de varredura, e acuidade visual medida pelos Cartões de Teller. Estamos também estudando prejuízos visuais em crianças e adultos em patologias genéticas (Duchenne, Neuropatia óptica de Leber), metabólicas (diabetes) e toxicológicas (uso de medicamentos, exposição a poluentes e agentes químicos neurotóxicos).
Projeto sobre Intoxicação por Mercúrio. Em pesquisa conjunta dos dois laboratórios acima, estamos conduzindo um grande projeto envolvendo várias universidades brasileiras, com o objetivo de investigar o impacto da intoxicação por mercúrio na visão e em funções neuropsicológicas. O trabalho analisa intoxicação tanto pelo vapor de mercúrio, em trabalhadores de diferentes indústrias e no garimpo, como pela ingestão de pescado contaminado nas populações ribeirinhas da Amazônia. Também estão sendo examinados animais de laboratório expostos ao mercúrio.

Projetos

Projeto sobre Intoxicação por Mercúrio. Em pesquisa conjunta de nossos dois laboratórios, estamos conduzindo desde 2001 um grande projeto envolvendo outras universidades brasileiras (UFPA e UFPr), com o objetivo de investigar o impacto da intoxicação por mercúrio na visão e em funções neuropsicológicas. O trabalho analisa intoxicação tanto pelo vapor de mercúrio, em trabalhadores de diferentes indústrias e no garimpo, como pela ingestão de pescado contaminado nas populações ribeirinhas da Amazônia. Também estão sendo examinados animais de laboratório expostos ao mercúrio. Esta linha de neurotoxicologia estendeu-se mais recentemente ao estudo de intoxicação por solventes orgânicos.

Grupos de Pesquisa

O grupo de pesquisa da Prof. Dora estuda visão normal e patológica usando métodos da psicologia e da fisiologia.

Laboratórios

No Laboratório de Psicofisiologia Sensorial, fundado em 1972, estudamos as bases neurais do processamento cromático na retina, investigando a visão no ultravioleta, descoberta recentemente em aves, peixes, répteis e até em alguns mamíferos, antes conhecida só em invertebrados. Sua descoberta suscitou muitas perguntas: como é utilizada no comportamento do animal? porque surgiu na evolução? como modifica o conhecimento sobre o processamento neural da visão de cores na retina e no sistema nervoso central? serão tetra- ou pentacromáticos os peixes, répteis e aves antes tidos como tricromáticos (com três receptores, como o homem)? Vários projetos estão sendo conduzidos em nosso laboratório para estudar os mecanismos neurais dessa capacidade.

No Laboratório da Visão: Psicofísica e Eletrofisiologia Visual Clínica, fundado em 1995, estamos estudando prejuízos visuais em crianças e adultos em patologias genéticas (Duchenne, Neuropatia óptica de Leber), metabólicas (diabetes) e toxicológicas (uso de medicamentos, exposição a poluentes e agentes químicos neurotóxicos). Estamos também estudando o desenvolvimento da visão em bebês e crianças normais, prematuras e com diferentes patologias oculares ou neurológicas utilizando técnicas de potencial visual evocado de varredura, e acuidade visual medida pelos Cartões de Teller.

Publicações seleciondas

  • GUALTIERI, M., BANDEIRA, M. L., HAMER, RUSSELL D., DAMICO, F. M., MOURA, A. L. A., VENTURA, D. F.Contrast sensitivity mediated by inferred magno- and parvocellular pathways in type 2 diabetics with and without non-proliferative retinopathy. Investigative Ophthalmology & Visual Science. , v.52, p.1151 – 1155, 2011.
  • BARBONI, M. T. S., VENTURA, DORA F., KREMERS, J. Absence of ocular interaction in flicker ERG responses reflecting cone opponent and luminance signals. Documenta Ophthalmologica. , v.121, p.69 – 75, 2010.
  • FEITOSA-SANTANA, CLAUDIA, PARAMEI, GALINA V., NISHI, MAURO, GUALTIERI, MIRELLA, COSTA, MARCELO F., VENTURA, DORA F. Color vision impairment in type 2 diabetes assessed by the D-15d test and the Cambridge Colour Test. Ophthalmic & Physiological Optics. , v.30, p.717 – 723, 2010.
  • SOARES, J. G. M., FIORANI, M., ARAUJO, E. A., ZANA, Y., BONCI, D. M. O., NEITZ, M., VENTURA, D. F., GATTASS, R. Cone photopigment variations in Cebus apella monkeys evidenced by electroretinogram measurements and genetic analysis. Vision Research (Oxford). , v.50, p.99 – 106, 2010.
  • COSTA, MARCELO F., MOREIRA, SONIA M. C. F., HAMER, RUSSELL D., VENTURA, DORA F., VENTURA, DORA F. Effects of age and optical blur on real depth stereoacuity. Ophthalmic & Physiological Optics. , v.30, p.660 – 666, 2010.
  • JOSELEVITCH, C., SOUZA, J. M., VENTURA, D. F. No evidence of UV cone input to mono- and biphasic horizontal cells in the goldfish retina. Journal of Comparative Physiology. A, Sensory, Neural, and Behavioral Physiology. , v.196, p.epub August 24 – , 2010.
  • VENTURA, DF ; SIMOES, A. L. A. C. ; PEREIRA, L. H. M. C. ; TOMAZ, S. ; LAGO, M. ; COSTA, M. T. V. ; COSTA, M. F. ; SOUZA, J. M. ; FARIA, M. A. M. ; Silveira LCL . Color vision and contrast sensitivity losses of mercury contaminated industry workers in Brazil . Environmental toxicology and pharmacology, v. 19, n. 3, p. 523-529, 2005.
  • VENTURA, DF, COSTA, M. T. V., COSTA, M. F., BEREZOVSKY, A., SALOMÃO, S. R., PEREIRA, L. H. M. C., SIMOES, A. L. A. C., LAGO, M., FARIA, M. A. M., SOUZA, J. M. Multifocal and full field electroretinogram changes associated with color vision loss in mercury vapor exposure. Visual Neuroscience. Estados Unidos: , v.21, n.3, p.421 – 429, 2004
  • OLIVEIRA, A. G. F., COSTA, M. F., SOUZA, J. M., VENTURA, DF. Contrast sensitivity threshold measured by sweep-visual evoked potential in term and premature infants at 3 and 10 months of age. Brazilian Journal of Medical and Biological Research. , v.37, p.1389 – 1396, 2004
  • JARVIS ED, RIBEIRO S, DA SILVA ML, VENTURA D, VIELLIARD J, MELLO CV Behaviourally driven gene expression reveals song nuclei in hummingbird brain Nature 406: (6796) 628-632 2000