08/04/2019 - 08/04/2019 às 13h - IPUSP - Casa de Culturas Indígenas - Av. Prof. Mello Moraes, 1721 - Cidade Universitária, São Paulo, SP

Prof. Dr. Danilo Silva Guimarães

IPUSP - Casa de Culturas Indígenas - Av. Prof. Mello Moraes, 1721 - Cidade Universitária, São Paulo, SP

As medicinas e saberes tradicionais tem sido traduzidos em práticas e apropriações diversas na cultura não indígena: sejam rituais, recreativas, alucinógenas. O filme traz uma narrativa contundente acerca dessas apropriações, própria para levantar questões sobre o sagrado, a cura, a tradição e as culturas ocidentais.

CONTRIBUIÇÕES POSSÍVEIS PARA OS PARTICIPANTES:
– Frutas 🍌🍎🍊🍍🍉
– Sucos, refrigerantes, chás🥤
– Batatas, mandioca, milho, pinhão, peixe, mel, etc
– Erva mate e fumo de corda 🍵
– Cangas e panos para forrar o chão
– Instrumentos musicais 🎻
– Arte é bem vinda!
– Doações em $ para incentivar a nossa ida ao Acampamento Terra Livre 2019!AGUYJEVETE!

QUEM SOMOS? 🏹🌱

Somos um movimento indígena composto por indígenas de diversos povos e apoiadores, estudantes da graduação e pós-graduação, bem como indígenas que não integram a comunidade universitária, mas se somam às pautas de ingresso diferenciado.
Desde a greve de 2016 nosso movimento tem pautado a adesão de cotas e vestibular indígena como forma de acesso à USP. Assim promovemos encontros, debates e atividades coletivas e multidisciplinares, valorizando nossas cosmovisões, saberes e práticas ancestrais. Nossas atividades se concentram sobretudo na Casa de Culturas Indígenas – construída em conjunto com as comunidades indígenas Guarani do Jaraguá – estando ela localizada no Instituto de Psicologia da USP.
A USP é uma Universidade sem nenhuma política de afirmação que seja suficientemente representativa para Povos Indígenas, que garanta acesso aos cursos de graduação e pós graduação, tampouco tem estrutura para acolher a pluralidade de etnias ou povos em suas especificidades culturais, linguísticas, psicológicas e sociais de maneira a garantir para essas pessoas condições básicas de permanecer na universidade. Sabemos que o departamento de Antropologia tem tomado iniciativas para garantir cotas étnico-raciais para indígenas, bem como atividades de formação e debates referentes à educação escolar indígena junto aos povos tradicionais da terra. Nós apoiamos essas ações e reivindicamos das instâncias responsáveis que aprovem as cotas étnico-raciais para os demais Departamentos e Unidades e que adotem a mesma política de acesso e também da implementação da licenciatura indígena à Universidade, considerando as especificidades de cada povo.
Nós, Povos Indígenas, organizados politicamente, lutamos para fazer valer nossos direitos, cobrando dos governos a constituição de um Estado diferente, que possibilite a igualdade de condições de vida para todas e todos. Para isso, contamos atualmente com convênios internacionais e leis nacionais para garantir nossos direitos. Os mais significativos são a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) ratificada pelo Brasil em 2004, a Declaração das Nações Unidas (ONU) sobre os Direitos dos Povos Indígenas, adotada em setembro de 2007 pela Assembleia Geral da ONU, e a Constituição Federal de 1988, que asseguram os direitos coletivos dos povos indígenas.
Se trata, pois, de garantir a capacidade interna das comunidades indígenas para gerir seus territórios, suas coletividades étnicas e suas demandas básicas por políticas públicas de saúde, educação, auto sustentação, transporte, comunicação. Mas, também se trata de nos dar condições de cidadania plena e diferenciada para dialogar com o Estado e com a sociedade nacional no que tange a interesses comuns e nacionais, como, por exemplo, a contribuição econômica, científica, artística e intelectual dos territórios e pessoas indígenas, a conservação e proteção ambiental, a relevância da diversidade cultural, étnica, linguística e da sociobiodiversidade originária
Em meio a política de apagamento indígena, pensada, organizada e praticada pelo Estado, somamos força para combater todas as formas de etnocídio cometidas nessa Universidade que ocorrem contra toda a comunidade indígena. Lembrando também da obrigatoriedade de incluir no programa de ensino desta universidade a Lei 11. 645/2008.

Não ao etnocídio na USP!
Demarcação Já!
Sangue Indígena: Nenhuma Gota a Mais!

✊🏻✊🏼✊🏽✊🏾✊🏿
<•>•<•>•<•>•<•>•<•>
<•>•<•>•<•>•<•>•<•>
<•>•<•>•<•>•<•>•<•>