09/10/2017 - 10/10/2017 9h às 17h - Auditório Carolina Bori - Bloco G - IPUSP

Vários

3091-0021

Comissão de Pesquisa

Auditório Carolina Bori - Bloco G - IPUSP

 

Programação

Dia 09/10

9h – Abertura do evento: Diretoria do IPSUP, LiEPPE E CPAT

 

10h – Mesa 1: “Métodos para pesquisar o trabalho”

Objetivos da mesa: A experiência de ser trabalhador e empregado pode renovar questões de pesquisa sobre o mundo do trabalho. Aquele que trabalha detém um conhecimento e estabelece uma relação com o trabalho que afeta diretamente a pesquisa nos moldes acadêmicos. Desta premissa, fundamentamos nosso debate para esta mesa em algumas questões: trabalhar é estar no “campo-tema” trabalho? Isto é, trabalhar é estar no campo antes de pesquisar o tema trabalho nos formatos acadêmicos? Quais as desvantagens de ser trabalhador-pesquisador? Quais as vantagens desta inserção no campo? É possível falarmos em termos de vantagens e desvantagens? Há uma separação entre pesquisar e trabalhar? É neste encontro político na pesquisa do tema trabalho que baseamos nosso debate.

Primeira exposição : Flávia Uchôa (IPUSP/ Unisa)

Psicóloga pela Universidade Federal de Pernambuco. Mestre e Doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação do Departamento de Psicologia Social e do Trabalho, no campo da Psicologia Social do Trabalho. Tem por tema de interesse a relação entre subjetividade e trabalho pela perspectiva da Psicologia Crítica. Atualmente, desenvolve sua pesquisa no campo da organizações,  empresas e do trabalho informal. Docente na Universidade Santo Amaro (UNISA).

 

Segunda exposição: Juliano Almeida Bastos (IPUSP)

Graduado em Psicologia pela Universidade Federal de Alagoas e Mestre em Psicologia pela mesma instituição, atualmente realiza seu doutorado no Programa de Pós-graduação em Psicologia Social do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo. Tem por tema de interesse:  psicologia do trabalho, psicologia social do trabalho e saúde mental e trabalho. Vem trabalhando com referenciais como a Psicologia Social do Trabalho; a Sociologia da Vida Cotidiana e a Etnografia. Seu estudo atual   busca descrever as vivência cotidianas dos trabalhadores no serviço público brasileiro.

 

Comentadora: Cris Andrada (IPUSP/ Fapesp)

Possui graduação em Psicologia, mestrado e doutorado em Psicologia Social pela Universidade de São Paulo – USP. Tem experiência em pesquisa, docência e intervenção em Psicologia Social, com destaque para os seguintes temas: trabalho, autogestão, economia solidária, memória, direitos humanos. Especializou-se em pesquisas de abordagens qualitativas, de enfoques psicossocial e etnográfico. Atualmente desenvolve pesquisa de pós-doutorado no Instituto de Psicologia da USP, com apoio FAPESP.

 

13h – Mesa 2: Psicologia e Educação: uma perspectiva marxista para compreender a educação escolar latino-americana

Objetivos da mesa: A educação e a psicologia passam por diversas transformações nos últimos anos, como produto da disputa pela hegemonia entre as classes sociais. Essas mudanças correspondem ao processo de crítica que a Psicologia Escolar iniciou ao longo dos anos de 1980 ao modelo clínico tradicional, que compreendia de modo mais individualista as queixas escolares que chegavam as psicólogos e cuja origem estaria apenas nas crianças (ou, no máximo, em suas relações familiares).  Tal crítica faz com que a psicologia escolar deixe então de compreender a queixas escolares não como um “problema de aprendizagem”, e passa a compreendê-las como dificuldades no “processo de escolarização”. Ocorre uma transformação nas compreensões de tais processos que passa a considerá-lo como multideterminado, com dimensões, históricas, institucionais, culturais, políticas e econômicas. Em convergência com essa crítica formulada nos marcos da psicologia escolar, a pedagogia histórico-crítica  também orientou seus esforços contra a perspectiva individualista pela qual os problemas educacionais foram compreendidos pelas elaborações liberais. Entretanto, tanto a antítese da Psicologia Escolar e da Pedagogia Histórico-Crítica ainda estão em processo de compreender como as relações advindas da formação histórica latino-americana articulam a exploração capitalista com a opressão colonial secular no campo da educação. Nesse sentido, esta mesa busca aprofundar essa discussão apresentando algumas considerações sobre uma perspectiva em Psicologia e Educação que responda às necessidades e especificidades do Povo Latino Americano.

 

Primeira exposição: Gisele Costa (Prolam-USP)
Possui graduação em Pedagogia pela Universidade Estadual Paulista – UNESP (2013). Mestre em Integração da América Latina pela Universidade de São Paulo – USP (2016). Pesquisadora da Red Latinoamericana de Estudios sobre Trabajo Docente (REDE ESTRADO) atuando principalmente nos seguintes temas: Estado, educação, políticas públicas e pobreza.

 

Segunda exposição: Felipe Oliveira (Lieppe – IPUSP/ Prolam – USP)

Graduado em Psicologia pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (2012) e Mestre pelo Programa de Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (2013-2015). Durante a graduação foi bolsista de Iniciação Científica pelo Conselho Nacional Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em 2011 e 2012, participando de grupo de pesquisa intitulado Psicologia Escolar e Educacional: processos de escolarização e atividade profissional em uma perspectiva crítica em Psicologia Escolar e da Pesquisa “A formação do psicólogo escolar e as Diretrizes Curriculares em Psicologia: concepções teóricas, bases metodológicas e atuação profissional”, junto ao Laboratório Interinstitucional de Estudos e Pesquisas em Psicologia Escolar do IPUSP. É membro do Grupo Interinstitucional Queixas Escolares (GIQE) e do Fórum sobre Medicalização da Educação e da Sociedade.

 

Comentador: a confirmar

 

16h – Mesa 3 “Atuações na Saúde Pública: políticas, vulnerabilidades e territórios”

Objetivos da Mesa: A proposta da mesa é discutir a atuação do psicólogo na saúde pública. A mesa conta com duas psicólogas que atuam na rede de atenção pública do município, em distintas áreas de atenção: um serviço de urgência, emergência e intensivismo de um hospital de grande porte, localizado na zona sul da cidade, e um serviço residencial para usuários de álcool e drogas, localizado na zona norte. Apesar dos equipamentos de saúde serem bem distintos, ambos são afetados por uma conjuntura política composta por: uma diretriz de racionamento de verbas da saúde; uma nova gestão de prefeitura e os rompimentos com programas e investimentos pactuados com antigos prefeitos; a fragmentação da gestão da saúde em diversas OSSs e os impactos na rotina dos trabalhadores. Somado a este contexto, inclui-se as desigualdades de acesso aos serviços, políticas de exceção voltada para os pobres, as consequências de uma lei de drogas falida e o racismo estrutural que perpassa as relações. Faremos a discussão tendo como base a apresentação do cotidiano de trabalho das expositoras nos respectivos serviços, explorando as diferentes rotinas, as especificidades de cada equipamento, as dificuldades em cada território, e por fim, as potências e os limites da atuação enquanto psicólogo nesses espaços.

Primeira exposição: Leticia Ferreira Menezes (FSP-USP)

Psicóloga pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Mestre em Saúde Pública pela Faculdade de Saúde Pública da USP (FSP-USP) onde estudou os programas públicos na região da “Cracolândia” em São Paulo entre os anos de 2014-2016. Atualmente doutoranda em Saúde Global e Sustentabilidade pela Faculdade de Saúde Pública da USP (FSP-USP), Psicóloga da Rede de Atenção Psicossocial de São Paulo, atuando em uma Unidade de Acolhimento Álcool e Drogas da Zona Norte, e tutora de curso de educação à distância.

 

Segunda exposição: Nathára Gonzaga  (Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo)

Graduada em Psicologia pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e especialista em Psicologia Social pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP). Atualmente atua como psicóloga da Secretaria Municipal de Saúde, em regime de residência, alocada no setor de urgência, emergência e intensivismo do Hospital Municipal do Campo Limpo na zona Sul da cidade de São Paulo; e cursa pós-graduação à nível de Especialização em Gestão de Saúde Mental e Relações Étnico-Raciais. Tem interesse nos seguintes temas: saúde pública e saúde mental, relações étnico-raciais, racismo institucional, violência e feminismo negro interseccional.

 

Comentadora: Joana Paula Camilo Pagliarini

Psicóloga graduada pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho campus Assis (UNESP ASSIS). Tem especialização em Psicopatologia e Saúde Pública pela Faculdade de Saúde Pública da USP. Atua como psicóloga da Rede de Atenção Psicossocial em Centro de Atenção Psicossocial Álcool e outras Drogas III na região central de São Paulo.

Dia 10/10

9h- Abertura do segundo dia de atividades:  LAPA e Grupo de Crítica Social e Direitos Humanos

 

10h – Mesa 4: “Produção de (re)conhecimentos, lutas sociais e formação em Psicologia Social”

 

Primeira exposição: José Fernando Andrade Costa (Unisa / CSDH-IPUSP)

 

Possui mestrado em Psicologia Social pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo e graduação em Psicologia pelo Centro Universitário São Camilo, com ênfase em Psicologia Social Comunitária. Docente do curso de Psicologia da Universidade de Santo Amaro.Integra o grupo de pesquisa “Crítica da Sociedade, Direitos Humanos e Psicologia Social” (CDSH) do IPUSP e lidera o grupo de pesquisa “Libertação e Emancipação: articulações entre Psicologia Social e as Teorias Críticas”.  Tem experiência trabalho com comunidades, ação pública de assistência social e pesquisa qualitativa.

 

Segunda exposição: Ivani Francisco de Oliveira (PUC-SP / CRP-06)

Graduada em Psicologia pela Universidade Bandeirantes de São Paulo; mestranda em Psicologia Social na PUC-SP; conselheira do Conselho Regional de Psicologia de São Paulo; integrante da equipe de pesquisadores NUPRAD – Núcleo de Práticas Discursivas Cotidiano: Direitos, riscos e saúde, na PUC de São Paulo. Possui experiência de atendimento clínico e atendimento em grupo de mulheres.

 

Comentadora: Mary Jane Paris Spink (PUC-SP)

Professora Titular da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUCSP); Docente e orientadora dos Cursos de Mestrado e Doutorado do Programa de Estudos Pós-graduados em Psicologia Social da PUCSP; coordenadora do Núcleo de Pesquisa em Práticas Discursivas e Produção de Sentidos, desde 1987 (Grupo de Pesquisa cadastrado no CNPq). Possui graduação em Psicologia pela Universidade de São Paulo (1969) e doutorado em Psicologia Social – University of London (1982); realizou estágio Pós-doutoral em Ciências Humanas na University of Cambridge, Inglaterra (1998). Bolsista de Produtividade do CNPq, desde 1998. Experiência na área de Psicologia, com ênfase em Psicologia Social, atuando principalmente nos seguintes temas: práticas discursivas e produção de sentidos, risco como estratégia de governamentalidade e saúde coletiva.

 

13h30 – Mesa 5: “Experiência Estética, Arte e Psicologia Social”

Objetivos da mesa: As relações entre os campos de reflexão sobre a subjetividade e a experiência estética  configuram, no ocidente moderno,  um jogo de interdependência, marcado pelo incessante comércio de conceitos, formas, imagens e valores, situação que torna vital, tendo em vista uma fundamentação rigorosa de ambos os campos, o diálogo entre a Psicologia e as Artes.  No entanto, não é raro que esse diálogo se torne um monólogo pouco profícuo da psicologia sobre as artes, onde teorias psicológicas são aplicadas diretamente sobre o suposto “conteúdo” das obras e fenômenos artísticos, em um exercício interpretativo que se esquiva da devida consideração da autonomia do campo das artes e da especificidade da experiência estética. Na contramão desse tipo de abordagem, a Psicologia Social da Arte que busca, partindo de uma perspectiva fenomenológica, construir uma abordagem dos fenômenos artísticos que fundamente-se não apenas na Psicologia Social, mas também na Estética, na História e na Sociologia da Arte. Procuramos, através deste espaço interdisciplinar,  preservar e explorar as particularidades do campo das artes, e trazer contribuições através da pesquisa de processos psicossociais envolvidos na produção e recepção dos fenômenos estéticos. Nessa mesa, pretendemos refletir acerca de aspectos metodológicos desse diálogo entre a Psicologia Social e as Artes, fundamentando teses, explorando hipóteses, delimitando as interfaces disciplinares e os empréstimos conceituais, e, porque não, explicitando problemáticas.

Primeira exposição: Richard de Oliveira (LAPA-IPUSP)

Bacharel em Psicologia e Psicólogo pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo. Mestre e Doutorando pelo Programa de Pós-Graduação do Departamento de Psicologia Social e do Trabalho, no campo da Psicologia Social da Arte. É Pesquisador do Laboratório de Estudos em Psicologia da Arte do IP-USP. Pesquisa as articulações, tanto teóricas quanto metodológicas, entre os temas da Subjetividade, da Experiência Estética e do Trabalho na interface entre a Psicologia Social e os demais campos das ciências humanas, em particular a Fenomenologia, a Estética e a História da Arte. Pesquisa processos de produção e recepção de objetos/fenômenos artísticos no campo interdisciplinar da Psicologia Social da Arte.

 

Segunda exposição:  Mara Santos (LAPA-IPUSP)

Mestranda em Psicologia Social pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (IP-USP); graduada em Psicologia pela Universidade Metodista de São Paulo (setembro de 2013) e possui aprimoramento em Psicoterapia Breve pela mesma instituição (dezembro de 2015). Interessada na área de Psicologia Social da Arte, orienta-se por uma perspectiva interdisciplinar envolvendo psicanálise, fenomenologia, estética e teoria de arte. Atua também na área clínica com psicoterapia e psicoterapia breve de orientação psicanalítica e com orientação vocacional e profissional. É pesquisadora dos processos psicossociais envolvidos na experiência estética. Atualmente pesquisa a experiência estética literária com foco na leitura compartilhada em contexto de clubes de leitura. Interessa-se pelo papel da arte no cotidiano das pessoas, para além das questões culturais e educacionais que sempre chamam a atenção para a forma como nos relacionamos com as artes, busca conhecer outras implicações psicológicas e sociais propiciadas pela fruição artística.

 

Comentadora: Geruza Zelnys (USP / Unifesp)

Doutora em Teoria Literária e Literatura Comparada (USP), mestre em Literatura e Crítica Literária (PUC-SP) com pós-doutorado em Filosofia da Educação (UNIFESP) pesquisando as potencialidades performativas, educativas e terapêuticas das oficinas de escrita criativa.  Professora no Instituto Vera Cruz e mediadora na Casa das Rosas e na Casa Mário de Andrade. Em 2014, criou o curso de Escrita Curativa. É escritora com livros publicados e premiados nos gêneros poesia, conto e romance. Organizou a coletânea de ensaios “Paisagens menores: experiências com a escrita criativa”.

16h – Mesa 6: “Raça e pesquisa em Psicologia” (em construção)

18:00: Encerramento do evento