09 jun 2020

 

Entre a esperança da volta do comércio, o medo de um isolamento maior e a expectativa da nomeação do terceiro ministro da Saúde, não é simples escolher como agir. Para especialistas ouvidos pela Folha, a falta de coerência no discurso de líderes pode resultar em um cenário em que cada um decida, individualmente, o que fazer diante das restrições impostas pelos governos em reação à pandemia.

“O isolamento, na nossa cultura, é, em princípio, um sinônimo de punição. A gente isola o criminoso, a gente fala, para as crianças ‘vai pensar lá no quarto’. Retirar alguém do contexto natural de relações sociais tem conotação de punição”, afirma, Christian Dunker, psicanalista e professor titular da Universidade de São Paulo (USP). Acatamos, mas é incômodo.

Apesar das restrições irem na contramão de uma liberdade de escolha, é possível que uma imposição como o “lockdown” não se torne uma violência para quem a recebe. Segundo Paulo Endo, psicanalista e professor livre-docente da USP, o ponto fundamental para a efetividade do discurso é sua coerência e intenção sincera.

“A gente diz, na psicanálise, que tudo pode ser dito a uma criança. Você a limita, mas pode muito bem explicar as razões dessa limitação. Quando há uma explicação sobre isso e algum entendimento dessa limitação, ela também é introjetada: não vira apenas uma violêsncia, porque é coerente”, diz.

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Por João Gabriel e Carolina Moraes

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