Graduou-se em pedagogia na USP em 1953. Após formar-se recebeu convite de Arrigo Leonardo Angelini para ingressar como docente na então Cadeira de Psicologia Educacional da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da universidade. A produção científica de Romeu de Morais Almeida é marcada notadamente por quatro linhas de trabalhos: Psicologia da lateralidade/canhestrismo, testes psicológicos, aprendizagem e desenvolvimento mental.

Paralelamente ao exercício da docência e da investigação psicológica, desde bem cedo patentearam- se seu entusiasmo e sua competência impar na faina ligada à criação e ao funcionamento efetivo de associações e serviços de cunho psicológico. Nada menos do que sete importantes entidades científicas e profissionais ligadas à Psicologia contaram com a sua colaboração em cargos diretivos. Desta sua atuação fornecem atestados eloquentes a Sociedade (hoje Associação) de Psicologia de São Paulo (1º tesoureiro, 1954-55, 1959-60; 2º secretário, 1957-58; 1º secretário, 1963-64; secretário de publicações, 1965-66; vice-presidente, 1967-68), o primeiro Conselho do Conselho Regional de Psicologia – 6ª Região (primeiro vice-presidente e conselheiro efetivo, 1974-77) e a Academia Paulista de Psicologia (acadêmico fundador desde 1979 e membro da diretoria desta em vários mandatos). Foi o autor do projeto e supervisor geral do Boletim do CRP-06, lançado em 1976, e presidente da Comissão Editorial do Boletim. O CRP-06 agraciou-o com a Medalha do Centenário da Psicologia Científica em 1979. Fez parte do corpo diretivo da Associação Brasileira de Psicologia em várias gestões. Pertenceu à subcomissão incumbida pelo Instituto de Psicologia da USP de revalidar diplomas de psicólogo obtidos no exterior, interessados em exercer a profissão no Brasil. Atuou durante muitos anos como membro da Comissão de Pós-Graduação do Instituto de Psicologia da USP. Segundo suas próprias palavras, contudo, o principal foco da sua atuação profissional foi a docência no Instituto de Psicologia da USP, durante 35 anos. Participou da administração do Colégio de Aplicação da Faculdade de Filosofia da USP. Foi membro de comissões examinadoras em concursos públicos para o magistério secundário, na seleção de psicólogos para serviços públicos e o preenchimento de cargos que requeriam formação psicológica. Integrou a comissão que selecionou professores para o ensino médio do primeiro sistema escolar criado em Brasília. Atuou em dez comissões encarregadas de fornecer subsídios para o reconhecimento de cursos de Psicologia autorizados a funcionar em escolas superiores do país e também em grupos de trabalho responsáveis pela criação do currículo mínimo e reformulação do currículo pleno dos cursos de Psicologia no país. Entre 1958 e 1962 foi um dos mais ativos participantes dos grupos de professores universitários e profissionais que se empenharam na criação da profissão de psicólogo no Brasil. Na Universidade de São Paulo, destacou-se entre os que pugnaram pela criação do curso de Psicologia e do Instituto de Psicologia (1970). Como membro da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, teve participação ativa nas suas Reuniões Anuais, inicialmente na seção de Educação e depois na seção de Psicologia, desde o surgimento desta, apresentando, ano após ano, comunicações a respeito das pesquisas que realizou. Além disso, encarregou-se de coordenar nas reuniões da Sociedade as sessões de comunicação de trabalhos de natureza psicológica. A Associação Brasileira de Psicologia contou com Almeida como um dos seus mais antigos associados, tendo pertencido ao seu corpo diretivo em várias gestões. Seu currículo inclui ainda a participação em seis congressos, vários simpósios e várias jornadas de estudo de Psicologia.