Departamento de Psicologia Clínica
Linhas de Pesquisa: Teorias Projetivas em Psicologia Clínica. Práticas clínicas.
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Possui graduação em Filosofia pela Universidade de São Paulo (1969), graduação em Psicologia pela Universidade de São Paulo (1968) e mestrado em Psicologia Clínica pela Universidade de São Paulo (1970). Atualmente é Colaborador Sênior da Universidade de São Paulo. Tem experiência na área de Psicologia.

Com formação em Psicologia (USP) e Filosofia (USP) venho procurando ao longo desses 35 anos de magistério e trabalho clínico em diagnóstico e psicoterapia, encontrar uma forma que permitisse uma visão mais unificada das diferentes teorias em psicologia clínica. Acreditamos faltar, na formação dos alunos uma matéria que fornecesse treino em observação do nosso objeto de estudo, que pudesse, por isso mesmo, levar a uma compreensão mais unitária do mesmo. Tal visão integrada, abrirá maiores possibilidades de construir correlações entre as diferentes teorias e mais ainda, permitiria um diálogo mais rico e profundo com as demais disciplinas correlatas.

Ao iniciar a prática clínica, o aluno não tem experiência para fazer uma escolha objetiva e cientificamente fundamentada. Ele tem de “escolher” entre as várias teorias, a maioria das vezes contraditórias entre si, e carregadas de viezes ideológicos. Só pode fazê-lo então, baseado em aprioris subjetivas, ideológicas, sem atender a qualquer exigência epistemológica.

Pensamos que na atualidade, possuímos um acervo de observações bastante desenvolvido, proveniente dessas mesmas teorias ou escolhas, que, se revisto, sob novas perspectivas, (em nosso caso particular centradas na psicologia cognitiva de Piaget e nas observações psicanalíticas) poderiam fornecer uma fundamentação mais objetiva científica, enfim epistemologicamente mais correta tendo, como resultado, uma aproximação mais holística de nosso objeto.

A experiência prática nos tem permitido fazer tal aproximação com relação à análise do TAT desde que mudamos o enfoque (desligando sua interpretação do conceito psicanalítico de projeção) para uma análise da estrutura formal do texto do sujeito. Temos aplicado essa mesma metodologia ao material de psicoterapia, com resultados auspiciosos. Nosso trabalho de supervisão de terapia obedece fielmente essa orientação de treino em uma análise da estrutura formal do material.

Publicações Selecionadas

TELLES, Vera Stela “Mecanismos de defesa na neurose obsessiva: formação reativa, anulação e isolamento“ in: Berlinck, Manoel Tosta (*), org. Obsessiva neurose São Paulo: Escuta, p.419-431 – 2005.
TELLES, Vera Stela “Desvinculação do TAT do conceito de “projeção” e a ampliação de seu uso“ in: Psicologia USP São Paulo, v. 11, n. 1, p. 63-83, 2000
TELLES, Vera Stela “A leitura cognitiva da psicanálise: problemas e transformações de conceitos“ in: Psicologia USP -IP São Paulo, v. 08, n. 01, p. 157-182, 1997
TELLES, Vera Stela “Formação x informação: o problema das teorias na formação do pesquisador “ in: Percurso: Revista de Psicanálise Sao Paulo, v.7 , n.12, p.53-9, 1994
TELLES, Vera Stela “Ciência e psicanálise: problemas“ in: Ide – São Paulo, n. 14, p. 38-41, 1987.