18/10/2017 - 26/10/2017 -

(PSE) Departamento de Psicologia Experimental

(Casa de Culturas Indígenas no IPUSP)

 

Desde 2012, a Rede de Atenção à Pessoa Indígena (IPUSP-PSE) tem realizado a escuta de relatos de situações de vulnerabilidade psicossocial enfrentadas por comunidades Mbya Guarani de São Paulo e desenvolvido estratégias conjuntas com lideranças das comunidades para o enfrentamento dessas situações. No processo de desenvolvimento de ações de extensão, chegamos à proposta de construção de uma Casa de Culturas Indígenas no IPUSP, visando fomentar o intercâmbio de saberes e uma aproximação das comunidades com a Universidade para o aprofundamento de reflexões pertinentes à saúde e educação diferenciadas, reconhecimento e efetivação de direitos, demarcação de terras, fortalecimento da cultura e memória das comunidades indígenas. Esta proposta visa aprofundar a compreensão desses temas, dando continuidade ao intercâmbio já existente entre a psicologia e as comunidades Guarani, suas lideranças, educadores e estudantes.

 

Dia 18/10, às 18h na Casa de Culturas Indígenas no IPUSP

 

Homem Branco em Marãiwatsédé (12”, Brasil, 2011) de Marcelo Bichara

Em 2010 Marãiwatsédé (MT) recebeu o triste título de área mais devastada da Amazônia. O filme conta a história do povo Xavante que teve sua terra tomada pelos militares no início da ditadura, para criar a fazenda Suiá Missu, considerada o maior latifúndio do mundo na década de 70. Os índios estão de volta e querem recuperar seu território.

 

A Terra Não Termina (15”, Brasil, 2012) de Marcelo Bichara

Outro olhar sobre o Rio+20. Durante a Eco 92, o governo brasileiro admitiu que havia expulsado os Xavante de seu território na ditadura militar. Ali foi criada a fazenda Suiá Missu, na época o maior latifúndio do mundo! Depois de 20 anos, os Xavante estão de volta no Rio de Janeiro para dizer: “ninguém resolve!”

 

Índio Cidadão? (52”, Brasil, 2013) de Rodrigo Siqueira.

Filme mostra o movimento indígena desde a mobilização coordenada pela União das Nações Indígenas pela participação popular na Constituinte em 1987/88, até a ocupação indígena da Câmara dos Deputados 25 anos depois, na Mobilização Nacional em Defesa dos Direitos Constitucionais.

 

Dia 19/10, às 18h na Casa de Culturas Indígenas no IPUSP

 

Uma Casa Uma Vida (24”, Brasil, 2013)

O filme debate sobre a moradia Xavante e os programas de habitação do governo enquanto registra as oficinas de construção ecológica nas aldeias Santa Cruz e Belém, TI Pimentel Barbosa, no projeto Tiba´uwe.

 

Piõ Höimanazé – A Mulher Xavante em Sua Arte (52”, Brasil, 2008) de Cristina Flória.

O universo feminino Xavante é revelado pelas mulheres da Aldeia Etehiritipá, TI Pimentel Barbosa, através da sua arte, suas raízes culturais e seus conhecimentos, mantidos e transmitidos de geração a geração até os dias atuais.

 

Dia 20/10, às 15h no Auditório Carolina Bori

 

“Martírio”  – (2h14 min, Brasil, 2014, Vincent Carelli)

Sinopse: uma análise da violência sofrida pelo grupo Guarani Kaiowá, uma das maiores populações indígenas do Brasil nos dias de hoje e que habita as terras do Centro-Oeste, entrando constantemente em conflito com as forças de repressão e opressão organizadas pelos latifundiários, pecuaristas e fazendeiros locais, que desejam exterminar os índios e tomar as terras para si.

 

Dia 25/10, às 18h na Casa de Culturas Indígenas no IPUSP

 

Tsõ’rehipãri – Sangradouro (28“, Brasil, 2009)

Em 1957, depois de séculos de resistência e de fuga, um grupo Xavante se refugiou na missão Salesiana de Sangradouro, Mato Grosso. Hoje rodeados de soja, com a terra e os recursos despauperados, eles mostram neste filme suas preocupações atuais em meio a todas as mudanças que vêm vivenciando.

 

A’uwẽ Uptabi – O Povo Verdadeiro (32”, Brasil, 1998)

Iniciativa do aldeia Etenhiritipá, do povo indígena Xavante, para revelar aos warazu (brancos) a Tradição do povo A’uwê. O termo A’uwẽ Uptabi significa gente de verdade, povo verdadeiro. É a autodenominação desse povo guerreiro que ficou conhecida pelos brancos como Xavante. O documentário traz imagens do cotidiano da aldeia, das caçadas e pescarias, das cerimônias rituais. Revela ainda os primeiros contatos com os warazu, no final da década de 40, através de imagens e documentários da época. Os homens mais velhos da aldeia, que eram jovens na época do contato, relatam histórias e sentimentos sobre a chegada dos brancos. Falam do passado e do presente, na luta para manter a Tradição e o território para as futuras gerações.

 

Dia 26/10, às 18h na Casa de Culturas Indígenas no IPUSP

 

“A terra é uma só” – (52”, Brasil, Jera Guarani e Gianni Puzzo)

Baseado no testemunho de Timóteo Verá Tupã Popyguá, líder Guarani que relata suas viagens pela Mata Atlântica, apresenta as narrativas dos Guarani Mbya sobre a origem da terra, do ser humano, da linguagem humana e dos animais e plantas da região. A exibição desse filme será acompanhada pelo líder Guarani (a confirmar), oportunidade em que falará sobre o livro escrito e de mesmo nome do livro.

 

Realização:  Casa de Culturas Indígenas no IPUSP /  LABI – Laboratório de Estudos do Imaginário – IPUSP

 

Organizadores: Prof. Danilo Silva Guimarães (PSE-IP), Profa. Maria Luisa Sandoval Scmidt (PSA IP), Profa Marie Claire Sekkel (PSA IP)