09/06/2017 - 09/06/2017 15h30 às 17h30 - Auditório Carolina Bori - Av. Prof. Mello Moraes, 1721 - Cidade Universitária - São Paulo, SP

Profa. Carmina Juarez | Dr. Emir Tomazelli | Deborah Steinberg

Profa. Henriette Morato (LEFE/IPUSP) | Mauro Aulicino (CORALUSP) | Ianni Scarcelli (CORALUSP)

https://goo.gl/forms/oAg7JbHvQQjOl2cl1

Coral USP | LEFE | PRCEU USP

(PSA) Departamento de Psicologia da Aprendizagem, do Desenvolvimento e da Personalidade

Auditório Carolina Bori - Av. Prof. Mello Moraes, 1721 - Cidade Universitária - São Paulo, SP

Sobre VOZ PRÓPRIA

Voz Própria é também o nome do projeto promovido pelo CoralUSP e pela Penitenciária Feminina da Capital, em São Paulo, voltado ao tratamento terapêutico a partir da articulação entre música e psicanálise.

São mulheres originárias de diversos países. Mulheres da África do Sul, Estados Unidos, Bolívia, Malásia, Suécia e Brasil. Cerca de 80% delas são negras. Das que frequentam o coral, 60% são africanas. A maior parte delas está presa por tráfico de drogas, relacionado aos seus maridos. São oriundas da classe mais baixa, sem muitas perspectivas de inserção social.

A prática do coral como forma de tratamento terapêutico se mostrou uma ferramenta muito potente para resgatar a autoestima das detentas. Além de se mostrar eficiente como regeneração e ressocializacão. Com o coral as detentas voltam a ter um nome, voltam a existir como um sujeito que tem uma identidade, vontades próprias, histórias. Nos encontros é possível que a diversidade cultural coexista e seja tratada como uma riqueza da humanidade, como um valor que as empodera. A arte aqui acontece como um resgate dos desejos perdidos, como cura, como um retorno à vida, com instrumento de expressão, como reelaboração da mulher que se é.

Um documentário sobre esse projeto não se pretende ser um filme-denúncia, mas revelar-se um contraponto à situação degradante que a comunidade carcerária vive hoje no Brasil, investigar uma saída possível para essas mulheres marginalizadas e jogar luz sobre seus talentos. Observar como a arte pode ser uma arma poderosa de sobrevivência num mundo tão hostil.

A ideia é compartilhar esta produção e sensibilizar as pessoas para a beleza produzida por essas mulheres. Do mesmo modo, seria a materialização de um sonho para as integrantes. Fazerem parte de um documentário que privilegia seus talentos e fortalece a percepção de que são mulheres valorosas, capazes, importantes. Sim, com o coral, elas se permitiram voltar a sonhar!

Vídeo – clique aqui