“Na medida que nossos pais vão envelhecendo, inverte-se a relação inicial de cuidados”

A convivência com idosos requer um preparo que muitas vezes o familiar não tem ou não estava preparado para ter nestes tempos de pandemia – Foto: ANPR via Fotos Públicas

A infantilização do idoso é resultado de uma comparação equivocada do relacionamento carinhoso, normalmente usado com crianças. Especialistas acreditam que isso ocorra como resultado da fragilidade e dependência que o idoso geralmente apresenta. Esse comportamento normalmente é repetido por familiares e profissionais de saúde próximos a ele.

O psicanalista e professor do Departamento de Psicologia Clínica, Christian Dunker, do Instituto de Psicologia da USP, explica que essa relação é o cuidado invertido. “Na medida que nossos pais vão envelhecendo, inverte-se a relação inicial de cuidados. No começo nós somos cuidados por eles e, no fim, eles são cuidados por nós”, afirma.

É muito comum desconsiderar escolhas e opiniões, retirando a autonomia e excluindo-os de conversas e discussões importantes. O idoso precisa e deve ser integrado à família. Durante a entrevista, Christian Dunker explica também a diferença entre dependência e autonomia.

Por , para a Rádio USP | 9/2/2021

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