05/06/2017 - 05/06/2017 12h às 14h - Auditório Carolina Bori - Av. Prof. Mello Moraes, 1721 - Cidade Universitária - São Paulo, SP Prof. Dr. Daniel Kupermann | Prof. Dr. Leopoldo Fulgencio
Prof. Dr. Daniel Kupermann
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Prof. Dr. Leopoldo Fulgencio
(PSC) Departamento de Psicologia Clínica
Auditório Carolina Bori - Av. Prof. Mello Moraes, 1721 - Cidade Universitária - São Paulo, SP
Programa:
12h
Abertura dos trabalhos
12h15 Os objetivos do tratamento psicanalítico para Ferenczi
Resumo: Pretende-se, nesta conferência, abordar os objetivos do tratamento psicanalítico segundo Ferenczi, bem como suas concepções acerca do papel transformador da psicanálise na ordem cultural, entendendo-se que, em seu pensamento, trata-se de duas vertentes que caminham em paralelo. Dessa maneira, sua denúncia derradeira, apresentada na abertura do Diário clínico, acerca da “hipocrisia” dos psicanalistas, condensa as coordenadas que serão aqui trabalhadas: O objetivo oferecido pelo tratamento psicanalítico para o sujeito que sofre de constrangimento no processo da introjeção criadora seria a possibilidade de “soltar a língua”, atingindo uma existência mais autêntica, livre das armadilhas da “mentira” – seja para o outro, seja para si mesmo; em contrapartida, sua concepção de trauma como confusão de línguas implica uma releitura das relações humanas a partir dos princípios de uma ética do cuidado, caracterizada pelas figuras da hospitalidade, da empatia e da Saúde do cuidador.
13h Os objetivos do tratamento psicanalítico para Winnicott
Resumo: Nesta conferência pretendo comentar quais são os objetivos do tratamento psicanalítico para Winnicott, à luz da compreensão da sua ontologia e de sua noção de saúde. Trata-se de mostrar que para ele, grosso modo, um processo psicoterápico procura levar o indivíduo a uma integração tal que ele possa levar sua vida com uma certa autonomia e independência relativas, adaptando-se ao mundo sem perda em demasia da sua espontaneidade, podendo responsabilizar-se por seus sucessos e por seus fracassos ou falhas, e que tenha uma riqueza existencial e cultural-social. Este modo de ser-no-mundo encontraria na ação do brincar infantil o seu protótipo, dado que nele a criança e o adulto encontra a si mesmo e ao outro. Toda psicoterapia, nessa perspectiva, teria, pois, como fundamento, a sustentação impulsionada pela atividade de brincar associada à possibilidade de cuidar de si mesmo e de suas relações interpessoais no quadro de uma ética do cuidado.
ESTA REUNIÃO CIENTÍFICA SERÁ TRANSMITIDA AO VIVO PELO ENDEREÇO
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Prof. Dr. Daniel Kupermann.Professor doutor do Departamento de Psicologia Clínica do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP). Bolsista de produtividade em pesquisa do CNPq, nível 1. Autor dos livros Transferências cruzadas: uma história da psicanálise e suas instituições (editora Escuta), Ousar rir: humor, criação e psicanálise, e Presença sensível: cuidado e criação na clínica psicanalítica, ambos publicados pela editora Civilização Brasileira; co-autor de A fabricação do humano (Zagodoni, 2014, Prêmio Jabuti 2015), Amar a si mesmo e amar o outro (Zagodoni, 2016). Autor de vários artigos publicados em revistas especializadas nacionais e estrangeiras.
Prof. Dr. Leopoldo Fulgencio. Professor do Instituto de Psicologia da USP, Departamento de Psicologia da Aprendizagem, do Desenvolvimento e da Personalidade. Bolsista Produtividade CNPq, nível 1. Autor dos livros O Método Especulativo em Freud (EDUC, 2008), Mach & Freud: influências e Paráfrases (Concern, 2016), Por que Winnicott? (Zagodoni, 2016); co-autor de Freud na Filosofia Brasileira (ESCUTA, 2004), A fabricação do humano (Zagodoni, 2014, Prêmio Jabuti 2015), Amar a si mesmo e amar o outro (Zagodoni, 2016). Autor de diversos artigos em revisas especializadas, dentre eles “Winnicott rejection of the basic concepts of Freud’s metapsychology” (2007, IJP; artigo selecionado para compor o anuário do International Journal of Psychoanalysis de 2008, em português, espanhol e francês), e “Discussion of the place of metapsychology in Winnicott’s work” (2015, IJP; escolhido para o anuário do IJP de 2017, em portugu6ês). Coordernador do GT Psicanálise, Subjetivação e Cultura Contemporânea desde 2014.
Disponíveis no youtube
Objetivos do tratamento psicanalítico I (Freud, Lacan, lacan-Winnicott)
Objetivos do tratamento psicanalítico II (Klein, Bion)