02 jul 2021

Os convidados desta semana são Ronara Souza Ferreira-Châline e Nicolas Châline, professores de Etologia e Comportamento Animal no Instituto de Psicologia (IP) da Universidade de São Paulo (USP), Eles trabalham no Laboratório de Etologia, Ecologia e Evolução dos Insetos Sociais (LEEEIS). Durante nossas vidas, nós encontramos, conhecemos e reconhecemos inúmeras pessoas. Algumas delas são muito próximas e facilmente distinguíveis das demais, como membros das nossas famílias, amigos e personalidades que não conhecemos pessoalmente, mas vemos ou ouvimos todos os dias na televisão e nas redes sociais. Usamos diversas características para reconhecer e distinguir essas pessoas – como traços físicos e comportamentais, a voz e até o cheiro. Também fazemos associações com lugares e situações quando, por exemplo, reconhecemos alguém como um amigo da escola ou um antigo colega de trabalho. Em outras ocasiões, podemos até não reconhecer alguém individualmente, mas sabemos a qual grupo essa pessoa pertence. E o que acontece quando vemos alguém vestindo um uniforme ou algum traje típico. A habilidade de reconhecer outros indivíduos têm consequências fundamentais para vários aspectos da nossa vida: bem-estar, felicidade, segurança, vida profissional. Sendo animais sociais, os seres humanos silo capazes de ajustar suas interações com os demais registradas na memória ou em função da categoria a que pertence o outro indivíduo.

Essa capacidade não é um privilégio humano. Aparece em muitos outros grupos de animais. Nos chamados insetos sociais – como formigas, cupins e algumas espécies de abelhas e vespas -, o reconhecimento de indivíduos ou grupos é de suma importância. As abelhas que fazem a guarda da entrada de uma colmeia, por exemplo, precisam saber se a forrageadora que realmente faz parte do grupo. Também é válido para uma formiga identificar qual papel uma colega de formigueiro exerce. Essa habilidade garante coesão, permite a divisão de tarefas dentro do ninho e protege a colônia de possíveis usurpadores. está se aproximando Nos insetos sociais, os indícios utilizados para o reconhecimento de indivíduos ou grupos são principalmente químicos. Mas podem vir acompanhados de sons, tato e, em algumas vespas, visão.

 

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Ronara Souza Ferreira-Châline e Nicolas Châlin

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