UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
INSTITUTO DE PSICOLOGIA |
MANIFESTO SOBRE AS CONDIÇÕES DO CRUSP APROVADO Os membros da Congregação do Instituto de Psicologia aprovaram, por unanimidade, em sessão realizada em 17 de maio de 2021, a proposta encaminhada pelo Departamento de Psicologia da Aprendizagem, do Desenvolvimento e da Personalidade, relativa a questões emergenciais pertinentes ao CRUSP. Nesse documento, o PSA manifesta seu apoio aos encaminhamentos propostos no “Relatório das Reuniões entre Estudantes do CRUSP e Docentes da Rede Não Cala em 2020”, de 02 de março de 2021. Nele, professoras da “Rede Não Cala” referem-se aos 10 encontros realizados, no decorrer do ano de 2020, com moradoras e moradores do CRUSP, mobilizados por relatos sobre a difícil situação vivida em suas dependências, as quais foram intensificadas com as necessidades sanitárias e de distanciamento social, em função da pandemia do novo Coronavírus. Foram identificadas e descritas as péssimas condições de vida na moradia estudantil do campus Butantã: fogões e máquinas de lavar roupas quebrados, ausência de água quente em alguns apartamentos, falta de água em alguns blocos, situações insalubres, problemas de organização para acesso à alimentação de moradores com suspeita de contaminação pelo covid-19, falta de segurança e furtos, situações de violência no cotidiano e necessidade de regularização da situação de mães-moradoras. Os encontros geraram a sistematização apresentada no relatório, em que foram formalizados três eixos prioritários de ações necessárias, em relação às seguintes demandas: 1. precariedade das instalações que necessitam de constante manutenção; 2. necessidade de regularização da presença de mães com filhos/as residindo na moradia; 3. esgarçamento de regras de convivência e de mediações cotidianas. Concordamos, como afirma o relatório, que agir nesses eixos requer o desenvolvimento de ações por parte dos órgãos institucionais – que, neste caso, reportam-se à responsabilidade da Superintendência da Assistência Social -, que devem ser construídas de forma democrática e conjuntamente com os/as moradores/as. Nesse sentido, vemos como uma dessas ações, a necessidade da presença permanente de um Conselho de Moradores/as na reorganização dos processos administrativos e decisórios. Retomamos a urgência de que compromissos como esses sejam firmados, não apenas entre a SAS e os/as moradores/as do CRUSP, mas diante da comunidade USP, que segue atenta às difíceis formas de viver que são produzidas e se manifestam no Conjunto Residencial. |
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