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Nós, estudantes, professores, funcionários e membros da comunidade do Instituto de Psicologia da USP, juntamente com coordenadores e membros do Diretório Central dos Estudantes (DCE), gestão “Nossa Voz”, viemos por meio deste manifesto demonstrar amplo apoio e construir  a luta pela efetivação de Cotas por Renda no nosso instituto, destinando uma porcentagem, que hoje é inexistente, de acesso de estudantes via SiSU (EP) com renda menor ou igual a 1,5 salários mínimos de renda per capita mensal, sem com isso diminuir a porcentagem de entrada de estudantes PPI, pretos pardos e indígenas.

O debate sobre o acesso popular ao ensino superior público e de qualidade culminou na aprovação em 2012 da Lei de Cotas Publicada em 29 de agosto de 2012 (Lei Nº 12.711), decreto que institui a obrigatoriedade de todas as instituições federais de ensino superior em reservar, no mínimo, 50% das vagas de cada curso técnico e de graduação aos estudantes de escolas públicas, demarcando também recortes raciais e sociais, e determinando assim o início de ações afirmativas efetivas para o ingresso no ensino superior. Dentro dessa porcentagem, a lei também determina que metade dessas vagas sejam reservadas para estudantes oriundos de famílias com renda igual ou inferior a 1,5 salário mínimo per capita.

Apesar da não obrigatoriedade do decreto federal de 2012 para instituições estaduais, é lamentável que as medidas propostas tenham sido adotadas pela Universidade de São Paulo tão tardiamente  — a USP apenas adotou cotas raciais em 2017, por exemplo —, sendo a última das grandes universidades do país a promover tais mudanças e deixando um vácuo de anos nos seus processos de inclusão no vestibular, mantendo até onde pôde a hegemonia de um corpo discente branco, de classe alta, paulistano e endossado pela meritocracia.

A partir de observações de classe e raça das vagas ocupadas nas Universidades públicas tornava-se evidente um domínio de ingresso da população branca e financeiramente privilegiada, pois apesar de públicas, as instituições de ensino superior contavam — e em certa medida ainda contam — com processos seletivos que privilegiam a aprovação de estudantes dos estratos sociais mais altos da nossa sociedade, que possuem condições sociais e financeiras de pagar por educação privada. 

Nos é evidente que para o crescimento e desenvolvimento nacional do conhecimento e da sociedade, a inclusão plural e democrática no ensino superior público é mais do que necessária. Apesar do tardio avanço na pauta de inclusão social na nossa Universidade, ainda assim vemos o movimento para a adoção progressiva das cotas como sendo extremamente positivo e agregador, ao democratizar o acesso ao conhecimento e à ciência, assim como possibilitar a ascensão social de famílias que nunca antes a tiveram, permitindo sua inclusão nesse importante espaço de construção e mudança da sociedade, antes destinada apenas a apenas uma parcela da sociedade. 

No entanto, apesar das cotas já estabelecidas (pretos, pardos, indígenas e estudantes que cursaram integralmente o ensino médio em escolas públicas), a Universidade de São Paulo ainda não incluiu, como medida universal, o acesso ao ensino superior para pessoas com renda igual ou inferior a 1,5 salários mínimos per capita, deixando à cargo das unidades a decisão sobre este módulo de ingresso a partir de 2019. Contudo, apenas 9 faculdades do campus Butantã da USP aderiram a esse importante método de inclusão socioeconômico da parcela da população mais vulnerável.

Nós, do núcleo da psicologia do Disparada, pautamos a necessidade da adoção dessa medida, dada a grande desigualdade presente também no oferecimento do ensino público secundário. Por conta de uma melhor qualidade de ensino em escolas técnicas, institutos federais e escolas militares — em contraste com o oferecido em muitas das escolas estaduais e municipais —, pessoas com boas condições financeiras comumente frequentam tais espaços e, em certos casos, podem concomitantemente pagar por um cursinho preparatório particular. Portanto o critério de ingresso de escola pública — apesar de facilitar  acesso — ainda é incapaz de por si só garantir que as camadas sociais mais baixas consigam, de fato, entrar na universidade, o que evidencia a necessidade de uma medida complementar à categoria já existente a fim de democratizar o espaço universitário

Baseado no argumento apresentado, é necessário pautar que 53,84% das vagas (7 vagas) da modalidade de ingresso L3 pelo SiSU sejam destinadas à categoria L1, acrescentando, dessa maneira, o critério de renda em metade das vagas da modalidade dedicadas à escola pública. A medida é essencial para garantir uma verdadeira inclusão social dentro da psicologia, dado que, por se tratar de um curso concorrido, a distribuição de cotas tem privilegiado, em sua maior parte, aqueles com maior capacidade socioeconômica que frequenta as escolas federais, técnicas do estado e colégios militares, ao invés de garantir o acesso àqueles que estudaram em escola pública e que não possuem condições financeiras de arcar com um ensino privado preparatório para o vestibular.

EXIGIMOS COTAS POR RENDA JÁ!!!

ASSINAM ESSE MANIFESTO: 

  1. I) Coletivos:
  • DCE Livre da USP “Alexandre Vannucchi Leme”
  • Coletivo Disparada
  • Escuta Preta – Coletivo Negro do IP/USP
  • Rede de Cursinhos Populares Elza Soares
  • Atlética do IP/USP
  • Histeria IP/USP
  • Cursinho da Psico/USP
  • Coletivo Feminista Aurora Furtado IP/USP

 

II) Professores:

  • Adriana Marcondes (PSA)
  • Christian Dunker (PSC)
  • Patrícia Izar (PSE)
  • Miriam Mijares (PSE)
  • Nicolas Chaline (PSE)
  • Ronara Ferreira Chaline (PSE)
  • Marie Claire (PSA)
  • Maria Luísa Sandoval Schmidt (PSA)
  • Briseida Dogo de Resende (PSE)
  • Antonio Euzébios Filho (PST)
  • Paula Debert (PSE)
  • Danilo Silva Guimarães (PSE)
  • Nicolas Châline (PSE)
  • José Moura Gonçalves Filho (PST)
  • Maria Inês Assumpção Fernandes (PST)
  • Fraulein Vidigal de Paula (PSA)

III) Alunos

  • Cariele do Sacramento Souza;
  • Larissa da Cruz Carvalho
  • Emily de Mesquita Cordeiro
  • Gabriel Pellizzon
  • Kênia Eliber Vieira
  • Valéria Silva
  • Leandro Karaí Mirim Pires Gonçalves
  • Luisa Jotten
  • Maria Julia Muchon
  • Caíque Honório dos Santos
  • Felipe Ramos Suzuki
  • Anna Clara Mialaret Assumpção
  • Rafael Ricciardi de Albuquerque
  • André Shinya Imai
  • Joyce Mirelle Lima Farias
  • Jorge Vitor Guimarães dos Santos
  • Isabella Benelli
  • Priscila Duarte Ferreira
  • Yasmin Sayegh
  • Tatiane Akemi Prates
  • Lucas Lopes La Roque
  • Carolina de Almeida Magalhães
  • Luis Henrique Lorensi Medeiros
  • Rosa Hirszman de Arruda Sampaio
  • Tomás Chefel Polli
  • João Pedro Fagundes de Souza Dória
  • Rafael Domingues Corrêa
  • Isabela Mussato Aguiar Marcomini
  • Rafaela Rodrigues de Oliveira
  • Pedro Henrique Mendes dos Reis
  • Gabriel Mussato Silva
  • Thales Afonso dos Santos Corsino
  • João Vitor dos Santos Gonçalves de Paula
  • André C. Kohan
  • Renata Aparecida de Oliveira
  • Mayara Bianca dos santos
  • Anna Clara Rocha Maia
  • Mikael Ore Montalvo
  • Ana Tomelin
  • André Cid Constantinidis
  • David Pryzant Dimantas
  • Carolina Almeida Novais
  • Ana Beatriz Nery Ferreira
  • Giovanna Giulia Harder Pozo
  • Mylena Silva Bastos
  • Margê Bernardo Rodrigues Fortes Bastos
  • Renata Pereira Couto
  • Lucas Ferreira Pieroni
  • Isabela da Silveira Borges
  • Victor Hugo Felix dos Reis Lopes
  • Luiza Ricoi Salomão
  • Gabrielli Alba Batista
  • Laura Simões
  • Thomas Goldenstein Leirner
  • Daniel Correia dos Santos
  • Guilherme Baccari
  • Pedro Caetano
  • Gabriela de Sá
  • Maria Fernanda Guidi
  • Tarsila Cordeiro
  • Natalia Pereira
  • Ana Carolina Simões Berti
  • Elias Mendes Nunes
  • Kaique Canalle Teixeira
  • Isadora Tomaz Castanho
  • João Pedro da Silva Araújo Santana
  • Maria Luiza Viacava Sigoli
  • Mariana Baptista Morales
  • Amanda Barbosa Dias
  • Cecy Ayumi Costa
  • Marcel Fernandes
  • Juliana Cristina Luiz Cordeiro
  • Chiara Sachet
  • Maria Clara Zerza
  • Fernanda Fernandes Cardoso
  • Luiza Yasumura Salles
  • Beatriz Zorzetto de Sá
  • Renato Oliveira Ferreira da Silva
  • Letícia Maria Lepka de Lima
  • Livia Neves
  • Henrique Alvalá
  • Fábio Pereira da Silva
  • Sarah Alves Morra 
  • Natália Máximo Alves Rocha
  • Natalia Yumi Tanaka
  • André do Amaral
  • Amanda Watson Martins
  • Gustavo Soares de Souza
  • Guilherme Luis
  • Victoria Menegon
  • Milena Alves Viana
  • Francisco Matheus Fontes de Lima

IV) Funcionários

  • Claudiel Luiz dos Santos
  • Rodrigo Marinangeli de Vasconcellos
  • Tatiana Freitas Stockler das Neves
  • Robson Col
  • Islaine
  • Carina Müller Sasse

V) Outros

  • Rafael Loureiro Castro
  • Priscila Tavares Viviani
  • Júlia Pagano
  • Josip Arrienti Eman
  • Isabella Helena Rocha
  • Deise de Andrade Carbonaro

Para assinar o manifesto acesse http://bit.ly/abaixoassinadocpr

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