02 abr 2020

É com grande pesar que comunicamos o falecimento da Profa. Dra. Melany Schwartz, docente aposentada do Instituto de Psicologia, em 2/4/2020.

A professora Melany fez sua formação acadêmica no IPUSP, tanto a graduação como a pós-graduação. Como professora, lecionou durante 20 anos no Departamento da Aprendizagem e Desenvolvimento da Personalidadee também no programa de Pós-Graduação em Psicologia Escolar.

Nossas mais sinceras homenagens:

 

 

Um pouco do vivido e apreendido
com Melany Schwartz

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Por Henriette Morato
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Há quase 31 anos neste mês eu estava apresentando à Melany Schwartz minha tese de doutorado e marcando a banca se defesa…

E hoje 02 de abril de 2020 ela faleceu…

Com muita emoção aceitei compartilhar um pouco do muito que com ela convivi.

Grande companheira de Rachel Rosenberg, minha mentora, e de Eclea Bosi, Melany e eu fomos a muitas festas e reuniões na casa dessa amiga comum, além de partilharmos difíceis momentos da USP nos anos 70 e 80.

Essa rememoração possibilita circular também pelas discussões acadêmicas.  Por suas mãos entrei em contato com um dos mais belos textos de Freud: GRADIVA. E foi maravilhoso como nos encontramos através dele a um modo de ação clínica atenta, cuidadosa e respeitosa, apesar de ser rogeriana. O que a ela importava era o modo de ser terapeuta/psicólogo para além das diferenças teóricas.

Hoje, relembrando, seu jeito de ser, suave mas preciso, foi a melhor orientação que dela guardo com muito carinho e emoção para trilhar docência e profissão.

Melany foi mestra por ter se dirigido respeitosamente ao ser humano que somos em qualquer tempo, mas que neste preciso momento precisamos resgatar.

Gratidão Mestra Melany por sua humanidade compartilhada!

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Carinhosamente, sua discípula Henriette Morato

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Minha lembrança de Melany

 Por Belinda Mandelbaum

Neste momento, gostaria de deixar registrada também minha lembrança de Melany, como professora de graduação do IP em 1978, quando fui sua aluna. Com ela, comecei a ler Freud.

Lemos os Três ensaios sobre a teoria da sexualidade. Ela nos apresentava a Psicanálise através de Gilberto Gil: “Se eu quiser falar com D’us…”, para expressar o despojar-se que estar num trabalho psicanalítico deve sempre implicar. Com ela, fizemos uma primeira entrevista, experimentamos um primeiro contato de abertura clínica para o outro.

Lemos “A primeira entrevista em Psicanálise”, de Maud Mannoni. E ela comentava e escrevia sobre os filmes que via, dinamizando sempre conosco um olhar psicanalítico. Com Melany, tivemos uma viva introdução à Psicanálise. Era a sua paixão que nos guiava.

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