A professora Luciana Maria Caetano, do Instituto de Psicologia da USP está coordenando três pesquisas sobre o estado mental em tempos de pandemia da COVID-19. Os pesquisadores buscam por voluntários que possam responder a questionários on-line. O público-alvo são professores, mães que estão trabalhando nessa época da pandemia e pessoas acima de 18 anos.

O QUE MANTÉM ELAS SAUDÁVEIS EM TEMPOS DE PANDEMIA?
UM ESTUDO COM MÃES INSERIDAS NO MERCADO DE TRABALHO

Somos pesquisadoras do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo e buscamos, nesse momento, analisar o que leva as mulheres a manter seu bem-estar nessa época de pandemia de COVID-19. Gostaríamos de contar com a sua participação, respondendo e divulgando a pesquisa para outras mulheres que são mães e estão trabalhando na pandemia.

QUEM PODE RESPONDER: mulheres acima de 18 anos, mães e que estão trabalhando nessa época da pandemia.

Maiores informações e o questionário a ser respondido podem ser acessados nesse link abaixo. https://forms.gle/bYDaXa5DJdFtpsKv5

SER PROFESSOR EM TEMPOS DE PANDEMIA:
O IMPACTO DA ATIVIDADE LABORAL NA SAÚDE MENTAL

O grupo  busca, analisar como têm sido as experiências dos professores em tempos de pandemia e se isso tem afetado sua saúde mental.

Maiores informações e o questionário a ser respondido podem ser acessados nesse link abaixo.
https://forms.gle/Zw8bMLmhWzWdPe6D6

JULGAMENTOS SOBRE A NORMATIVIDADE DA QUARENTENA

Sentimentos e atitudes no isolamento social em período da pandemia por coronavírus

Relacionamento entre irmãos em época de pandemia

Psicoterapia mediada pelas tecnologias de informação e comunicação:
um estudo longitudinal
Andrés Eduardo Aguirre Antúnez

A inserção das tecnologias nas relações humanas é já dada, sendo imprescindível refletir como elas vêm influenciando e quais as possibilidades, desafios e consequências do uso das ferramentas digitais nas relações intersubjetivas, em especial, na psicoterapia.

O objetivo principal deste estudo é compreender a presença da virtualidade nos atendimentos psicoterapêuticos online e presencial, decorrente do uso das novas Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs). São objetivos específicos:

1. compreender as experiências do atendimento psicoterapêutico exclusivo online
2. compreender como se apresentam as novas TICs nos atendimentos presenciais, em especial, por meio das tecnologias assíncronas como troca de mensagens, e-mail, blogs, chats.

Participarão três psicólogos clínicos, que irão realizar um atendimento presencial e um atendimento exclusivo online no período de seis meses. Serão instrumentos para coleta de dados:

1. Diário de campo, elaborado pela pesquisadora;
2. Registro detalhado das sessões, elaborado pelos psicoterapeutas;
3. Relato por escrito da experiência da psicoterapia mediada pelas TICs,
   feito pelo psicoterapeuta e pessoa ao final de cada sessão;
4. Teste Casa-Árvore-Pessoa aplicado a cada quatro sessões.

Trata-se de um estudo longitudinal, de descrição e compreensão fenomenológica. Os desenhos serão analisados na abordagem fenômeno-estrutural. Será estruturada uma disciplina de graduação para reflexões e pesquisas sobre o tema.

Espera-se contribuir para a construção de saberes e diretrizes à psicologia, em especial, à psicoterapia e à aplicação de instrumentos gráfico-expressivos mediados pelas tecnologias e, ainda, que este estudo seja um convite para a interlocução multidisciplinar, entre psicologia, psicopatologia, tecnologias e filosofia.

Suicídio em estudantes universitários:
um estudo clínico e fenomenológico de prevenção, orientação e terapêutica
Andrés Eduardo Aguirre Antúnez

O Projeto de Pesquisa visa atender a uma séria problemática que assola a universidade pública, os casos de suicídio. Espera-se avançar no conhecimento sobre o suicídio por meio da psicologia clínica e em perspectiva interdisciplinar com a fenomenologia da vida, para além daquelas já existentes no meio científico.

Os métodos serão qualitativos, de observação de casos e interlocução no relacionamento: com estudantes, diretores, professores e servidores técnicos-administrativos, por meio de reuniões, palestras, fóruns, levantamento de dados junto ao IML e à própria Universidade, acolhimento aos estudantes, professores, pais e funcionários envolvidos nos casos de tentativas de suicídio e após um suicídio.

Trata-se de um trabalho prático, de pesquisa que procurará produzir conhecimento para a Universidade e para a Sociedade. Os dados serão relevantes pois utilizar-se-á uma metodologia qualitativa essencialmente a-teórica (fenomenológica) que possibilitará conhecer o fenômeno que se apresenta nos diálogos com os estudantes e a comunidade.

Com base nesse diagnóstico situacional se desenvolve o Escritório de Saúde Mental da USP, para dar conta dessa problemática social que envolve os estudantes da Universidade pública no que diz respeito à prevenção, orientação e possibilidades terapêuticas. (AU)

Ateliê de desenho de livre-expressão no contexto do suicídio:
um diálogo com a fenomenologia da vida
Andrés Eduardo Aguirre Antúnez e Erika Rodrigues Colombo

Atualmente, o suicídio está entre as três maiores causas de morte entre pessoas com idade entre 15 e 35 anos e foi a segunda principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos, em todo o mundo, no ano de 2016.

Casos recentes de suicídios entre estudantes da Universidade de São Paulo (USP), ao menos quatro, foram registrados entre maio e junho de 2018. A partir de mobilizações e discussões no interior da USP, foi criado o Escritório de Saúde Mental (ESM), com o objetivo de proporcionar aos estudantes de graduação e pós-graduação acolhimento em relação ao sofrimento psíquico apresentado durante a formação universitária. Dentre os temas prioritariamente abordados pelo ESM, está a questão do suicídio, suas possíveis causas e sua prevenção. Apesar da ampla gama de fatores de risco, os suicídios são evitáveis.

A tentativa prévia de suicídio é o fator preditivo isolado mais importante. Dessa forma, o presente projeto propõe uma intervenção terapêutica de prevenção junto ao ESM da USP, para o acolhimento a estudantes que já tentaram, ou ao menos pensaram em tentar o suicídio. Tal intervenção se dará a partir da implementação de um Ateliê de Desenho de Livre-Expressão, conforme a metodologia desenvolvida pelo psicólogo francês Michel Ternoy, em um trabalho de mais de vinte anos com pacientes de um hospital psiquiátrico, a partir do método de análise fenômeno-estrutural de Eugène Minkowski.

Com base na experiência no Ateliê, propomos também estabelecer um diálogo teórico com a fenomenologia da vida de Michel Henry, visando uma melhor compreensão acerca do sofrimento de jovens estudantes universitários no contexto do suicídio. Também buscaremos discutir de que forma a prática terapêutica em grupo do Ateliê, desenvolvida no âmbito do atendimento a pessoas que já tentaram ou pensaram em cometer suicídio, pode abrir novas possibilidades de compreensão, acolhimento e prevenção neste contexto, contemplando alcances e limites desse trabalho. (AU)