Departamento de Psicologia Social e do Trabalho
Linhas de Pesquisa: Psicologia Social e do Trabalho. Trabalho. Processos Organizativos. Subjetividade e Saúde.
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Possui graduação em Psicologia pela Universidade de São Paulo (1982), mestrado em Psicologia (Psicologia Social) pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1991) e doutorado em Psicologia Social pela Universidade de São Paulo (1998). Atualmente é membro da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Psicologia e professor titular da Universidade de São Paulo. Tem experiência na área de Psicologia, com ênfase em Fatores Humanos no Trabalho, atuando principalmente nos seguintes temas: saúde do trabalhador, psicologia social do trabalho, psicologia social, trabalho e psicologia do trabalho.

Minhas pesquisas situam-se na área do Trabalho e procuram conhecer as configurações do trabalho e dos processos organizativos na contemporaneidade. Buscam, mais especificamente, tematizar, descrever e compreender as situações e os contextos de trabalho que constrangem as formas de viver, bem como as formas por meio das quais as pessoas, individual e coletivamente, buscam equacionar e resolver os problemas com os quais se defrontam. As investigações desenvolvidas estão agrupadas em quatro grupos temáticos: trabalho, subjetividade e saúde; trabalho, desemprego e processos de exclusão social; autogestão e cooperativismo; cotidiano e processos organizativos.  Tais pesquisas vinculam-se às linhas de pesquisa “Psicologia do Trabalho e das Organizações” e “Psicologia Social, Saúde Coletiva e Política”

Sou co-editora dos Cadernos de Psicologia Social do Trabalho (CPAT-IPUSP). Coordenadora de Grupo de Trabalho da ANPEPP (Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Psicologia). “Trabalho e Processos Organizativos na Contemporaneidade”, juntamente com Maria Chalfin Coutinho. Anterior ao ingresso no IPUSP, trabalhei no Instituto de Saúde: órgão de pesquisa da Secretaria de Estado da Saúde, na área de Trabalho e Saúde e no DIESAT (Departamento Intersindical de Estudos e Pesquisas de Saúde e dos Ambientes de Trabalho) e considero que a minha experiência nessas duas instituições foi decisiva na orientação da perspectiva que adoto em minhas pesquisas.

Disciplinas

Graduação

A Abordagem Qualitativa na Pesquisa em Psicologia Social
Introdução à Pesquisa em Psicologia Social
Prática de Pesquisa em Psicologia Social I e II
Psicologia Social do Trabalho e das Organizações
Trabalho de Pesquisa em Psicologia I e II
Trabalho e Saúde: a Compreensão a partir da Psicologia Social

Pós-Graduação

O Trabalho de Campo na Pesquisa Qualitativa em Psicologia
Trabalho, Subjetividade e Saúde: Uma Abordagem Psicossocial
Trabalho e Cotidiano: Aproximações Teóricas e Metodológicas

Extensão

Sou membro da equipe do CPAT (Centro de Psicologia Aplicada ao Trabalho), o qual coordenei durante o período de 1995 a 2005. Tal serviço desenvolve atividades de extensão. Coordenei curso de extensão sobre Saúde do Trabalhador no campo da Saúde Pública, dirigido a profissionais de diversos tipos de serviço de saúde.
Integro grupo de professores e alunos que está construindo atividade de extensão de modo articulado, o que denominamos “grupo de articulação de extensão”.

Grupos de pesquisa

“Trabalho e Processos Organizativos na Contemporaneidade” (cadastrado no CNPq) – Este grupo de pesquisa constrói seus objetos de investigação focalizando fenômenos e problemas do trabalho e dos processos organizativos que se apresentam na contemporaneidade no contexto de uma sociedade de capitalismo periférico. Esses objetos de pesquisa são construídos pelo olhar sobre aqueles fenômenos e problemas a partir de categorias teóricas e noções da psicologia social, como: interação e ação social, subjetividade, representações, práticas e discursos sociais. Busca-se tematizar, descrever e compreender as situações e os contextos de trabalho que constrangem as formas de viver, bem como as formas através das quais as pessoas, individual e coletivamente, buscam equacionar e resolver os problemas com os quais se defrontam. As investigações desenvolvidas estão agrupadas em quatro linhas de pesquisa: trabalho, desemprego e processos de exclusão social; autogestão e cooperativismo; trabalho, subjetividade e saúde; cotidiano e processos organizativos. A produção acadêmica e científica inclui relatórios de iniciação científica, dissertações, teses, relatórios de pesquisa, artigos científicos, livros e capítulos de livros, textos de divulgação técnico-científica, palestras, apresentação de trabalhos em congressos e simpósios científicos, assessorias e consultorias científicas. Líderes: Leny Sato e Henrique Caetano Nardi.

Projetos

“Criar trabalho”: estudo sobre formas de geração de trabalho e renda em contextos urbanos.

O objetivo do projeto é estudar as formas adotadas por pessoas de segmentos pobres da população para “criar” trabalho e gerar renda. Em pesquisa realizada na feira livre, observou-se que trabalhadores pobres “criavam” trabalho na feira livre, como mostra o exemplo a seguir: um senhor de aproximadamente sessenta anos que ganha a vida conseguindo dinheiro trocado para os feirantes; a cada R$ 10,00 em moedas/notas de R$ 1,00, ele ganha R$ 1,00. Situações como essas são muito comuns e expressam os arranjos construídos para sobreviver; entretanto, a atenção a elas é algo recente nos estudos de psicologia que focalizam o trabalho e os processos organizativos. É sobre esse universo da atividade de trabalho que visa garantir a sobrevivência que esse projeto pretende se debruçar. Visa, sobretudo, estudar as formas adotadas para “criar”, trabalho tanto individual como coletivamente, e que escapam às relações de trabalho formais nos espaços urbanos. Busca-se também identificar como essas formas estão referidas à presença ou ausência de proteção social, à busca de inserção no mercado formal de trabalho e a redes sociais.

Publicações Selecionadas

SATO, L. (1991). A representação social do trabalho penoso. In: SPINK, M. J. P. (org.). O conhecimento no cotidiano – as representações sociais na perspectiva da psicologia social. São Paulo: Brasiliense.
SATO, L. (2001). Processos organizativos cotidianos e corriqueiros: a leitura da etnometodologia. Psicologia & Sociedade, 13(1): 129-151.
SATO, L. (2002). Prevenção de agravos à saúde do trabalhador: replanejando o trabalho através das negociações cotidianas. Cadernos de Saúde Pública, 18(5): 1147-1166.
SATO, L. & ESTEVES, E. (2002). Autogestão – possibilidades e ambigüidades de um processo organizativo peculiar. São Paulo: CUT (Central Única dos Trabalhadores). 45pp.
SATO, L., LACAZ, F. A. C. & BERNARDO, M. H. (2004). Psychology and the Workers’ Health Movement in the State of São Paulo ( Brazil ). Journal of Health Psychology. 9(1): 121-130.