.. Departamento de Psicologia Social e do Trabalho
Linhas de Pesquisa: Psicologia Social de Fenômenos Histórico-Culturais Específicos. Alteridade. Artes plásticas populares. Ateliês terapêuticos. Corpo. Estética. Identidade. Intersubjetividade. Teoria da Arte. Psicologia Social e “Primitivismo Artístico”. Percepção e Experiência Estética na Vida Social. História da Percepção. Idéias Psicológicas. Turismo Cultural. Arte e vida social. Cidade Histórica.
Telefone: 55 11-3091-4361 | arley@usp.br | Lattes

Professor Doutor do Departamento de Psicologia Social e do Trabalho do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, onde é coordenador do Laboratório de Estudos em Psicologia da Arte. Bacharel e licenciado em História (FFLCH e FE-USP), mestre em Estruturas Ambientais Urbanas (FAU-USP) e doutor em Psicologia Social (IP-USP). Trabalha junto à linha de pesquisa “Psicologia Social de Fenômenos Histórico-Culturais Específicos”, do Programa de pós-graduação em Psicologia Social (IP-USP), no campo da “Percepção e experiência estética na vida social”, em projetos dedicados à compreensão da vida social das imagens, da percepção, da estética e da arte. Objetiva descrever a gênese histórica e psicossocial da experiência cognitiva, perceptiva e estética, com base no conhecimento da imagem, mediante abordagem morfológica, fenomenológica e hermenêutica em Psicologia Social, em três eixos: (1) Método em psicologia social dos fenômenos imagéticos, estéticos e artísticos; (2) Vida social das imagens; (3) Processo social da arte. Publicou dois livros para o público jovem: Modernidade e modernismo: transformações culturais e artísticas no Brasil do início do século XX (São Paulo: Saraiva, 2001) e Viver e morar no século XVIII, Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás (São Paulo: Saraiva, 1999). Alguns de seus estudos podem ser lidos nos seguintes artigos: “A pintura é um traço de nossa relação histórica com o mundo” (Revista Poiésis, n. 17, Jul. 2011); “A recepção da exposição de arte incomum e a questão da duração dos julgamentos artísticos” (Revista Visualidades, v. 8, n. 2, 2010); “Entre a ruína e a obra de arte: psicossociologia da percepção da cidade histórica turística” (Estudos de Psicologia, 14(2), maio-agosto, 2009).

Disciplinas

Graduação

PST1564 – Processos Cognitivos em Psicologia Social
PST2675 – Psicologia Social da Arte

Pós-Graduação

PST5826 – Arte e percepção: o turista, o artista e o viajante
PST5845 – Arte do processo social: psicologia, estética e fenomenologia

Projetos de pesquisa

Psicologia Social da Imagem
A psicologia historicamente defrontou-se com imagens. A questão que se coloca hoje volta-se para um conhecimento específico das imagens. No campo da Psicologia Social, a produção de imagens tem sido instrumento de pesquisa e a produção científica faz notar um interesse crescente sobre “a imagem de si” ou sobre a “imagem corporal”, recolocando em discussão os estudos de filosofia e psicanálise, e as imagens da internet atraem novos projetos. Nota-se, então, um triplo sentido da imagem: (1) como ilustração do conhecimento em psicologia; (2) como documento público; (3) como procedimento de pesquisa. No primeiro caso, a posição crítica deve indagar sobre a natureza da ilustração, no segundo, há interlocução com os estudos de cultura visual, enquanto, no terceiro, dialoga-se com os chamados métodos visuais. Em todos os casos, solicita-se interpretação da imagem; trata-se da compreensão de processos sociais de significação. Este projeto tem dedicado especial atenção à compreensão da articulação das imagens nas redes discursivas da psicopatologia, nas imagens do inconsciente e da arte bruta, nas trocas entre imagens artísticas e imagens turísticas, a paisagem e a Natureza. O domínio da imagem na psicologia social é o estudo de processos sociais nos quais a imagem não é apenas uma coisa física, mas um movimento de mediações entre o objeto icônico e as imagens mentais (e corporais) dos observadores. Assim, os movimentos de transformação da imagem entre uns e outros, enquanto fenômeno imagético no processo social, na vida intersubjetiva, como um campo de significação estética, política, econômica e cultural.

O Processo Social da Arte
Sua atividade básica é descrever a gênese histórica e psicossocial da experiência estética, com base na percepção, mediante uma abordagem fenomenológica. Procura-se compreender processos sociais no tempo histórico e contemporâneo, analisando a recepção das obras de arte, o campo das artes, as práticas artísticas, as repercussões da arte na vida social. Especificamente, seu objetivo é a formulação de métodos adequados à psicologia social dos fenômenos estéticos e artísticos, por meio da discussão de teorias que versem sobre: A) psicologia da arte e vida social; B) psicologia da experiência estética; C) métodos de pesquisa em psicologia social e psicologia da arte.

Extensão

Coordenador do grupo de estudos “Propileus: Fenomenologia e Percepção”. Nome em homenagem a Goethe, Meyer e Schiller, os quais editaram uma revista dedicada às artes, entre 1798 e 1800, cujo título era Propileus – referência à entrada da Acrópole, separando o espaço profano dos homens e o espaço sagrado dos deuses. Trata-se de um espaço de mediações, no qual se situa o grupo, entre o conhecimento dentro e fora da universidade, entre distintas áreas do conhecimento. Sediado em uma universidade pública, com atividades abertas aos interessados, visa contribuir para o conhecimento do campo social e apoiar a pesquisa de fenômenos imagéticos, artísticos e estéticos, mantendo o diálogo com pesquisadores de outras áreas na configuração de um quadro conceitual e metodológico no contexto da morfologia, da fenomenologia e da hermenêutica em suas diversidades.

Grupos de pesquisa

Imagem e Mobilidade: Grupo de pesquisa em parceria entre o Laboratório de Estudos em Psicologia da Arte (Instituto de Psicologia/USP) e o Pólo Imagem e Informação (Institut de Management /Université de Savoie), este na figura do Prof. Jacques Ibanez-Bueno. Grupo Internacional de Pesquisa sobre Imagem, Comunicação e Artes. O projeto versa sobre os estudos da imagem, confrontando métodos nas disciplinas psicologia social e ciências da comunicação, em abordagens provenientes da antropologia visial e da história das imagens.

Experiências de turismo de base comunitária no Vale do Ribeira: Membro do projeto coordenado pelo Prof. Dr. Alessandro dos Santos Oliveira. Objetivos: (I) descrever as experiências de turismo de base comunitária de três comunidades do Vale do Ribeira/SP identificando as estratégias, os resultados alcançados e a relação com o mercado turístico; (II) investigar se essas experiências têm como efeito o desenvolvimento de processos sociais de enraizamento nas comunidades; (III) sistematizar as recomendações e lições aprendidas com essas experiências para que possam servir de modelos e/ou ser aplicadas em outras localidades da região e do país.

Laboratório

Coordenador do Laboratório de Estudos em Psicologia da Arte (LAPA), fundado em 1993, o qual reúne pesquisadores de formações diversas (psicologia, artes, história, etc.) dispostos a realizar trabalhos em Psicologia Social, na interface do campo social com fenômenos de artes e estética. Possui 10 doutorandos, 2 mestrando, 3 graduandos em iniciação científica e 3 pesquisadores externos. Seus membros distribuem-se em duas linhas de pesquisa, “Arte e Psicanálise” e “Percepção e Experiência Estética na Vida Social”, respectivamente orientadas pelo professor Arley Andriolo.

Publicação selecionadas

ANDRIOLO, Arley. Metamorfoses do olhar na viagem de Goethe à Itália. ArtCultura, Uberlândia, UFU, v. 13, n. 23, Uberlândia, jul.-dez. 2011, pp. 114-127. ISSN Versão impressa: 1516-8603. ISSN Versão on-line: 2178-3845. (disponível no site: http://www.artcultura.inhis.ufu.br/index.php)
ANDRIOLO, Arley. A pintura é um traço de nossa relação histórica com o mundo. Revista Poiésis, Programa de Pós-Graduação em Estudos Contemporâneos das Artes da Universidade Federal Fluminense. Niterói: PPGCA/PROPP, n. 17, Jul. 2011. ISSN 2177-8566 (disponível no site: http://www.poiesis.uff.br/)
ANDRIOLO, Arley. A percepção da “arte barroca”: psicologia social e recepção estética. In: AJZENBERG, E. & MUNANGA, K. (orgs.). Arte, Cidade e Meio Ambiente. São Paulo: MAU-USP/Programa de Pós-Graduação Interunidades em Estética e História da Arte, 2010, pp. 95-109.
ANDRIOLO, Arley. Entre a ruína e a obra de arte: psicossociologia da percepção da cidade histórica turística. Estudos de Psicologia. Natal/RN, 14(2), maio-agosto, 2009, pp. 159-166. (disponível no site: www.scielo.br/epsic)
ANDRIOLO, A. Actividad pictórica y imagen percibida: la ciudad histórico-turística de Ouro Preto. Estudios y Perspectivas en Turismo. Buenos Aires, vol. 17, n. 1-2, enero-abril 2008, pp. 170-184. (disponível no site: www.estudiosenturismo.com.ar)
ANDRIOLO, Arley. A significação das obras populares no campo da História da Arte. In: RIBEIRO, Marília Andrés e RIBEIRO, Maria Izabel Branco (orgs.). Anais do XXVI Colóquio do Comitê Brasileiro de História da Arte. Belo Horizonte: C/Arte, 2007, pp. 41-51.
ANDRIOLO, Arley. Fenomenologia e arte moderna: contra o esquecimento dos processos cognitivos na vida cotidiana. In: PATTO, Maria Helena & FRAYZE-PEREIRA, João (orgs.). Pensamento cruel – humanidades e ciências humanas: há lugar para a psicologia? São Paulo: Casa do Psicólogo, 2007, pp. 249-264.
ANDRIOLO, Arley. O método comparativo na origem da Psicologia da Arte. Psicologia USP, São Paulo, v. 17, n. 2, 2006, pp. 43-57.
ANDRIOLO, Arley. O silêncio da “pintura ingênua” no ateliê psiquiátrico. Psicologia: Teoria e Pesquisa, Brasília, v. 22, n. 2, 2006, pp. 227-232. (disponível no site: www.scielo.br)
ANDRIOLO, Arley. O corpo do artista na experiência estética contemporânea. Ide, Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo, São Paulo, n. 41, 2005, pp. 45-49.