Linha de pesquisa: Investigações em Psicanálise

Patologias do Social: Crítica da Razão Diagnóstica em Psicanálise

Coordenador: Prof. Dr. Christian Ingo Lenz Dunker
Colaborador: Prof. Dr. Vladimir Safatle (FFLCH-USP), no escopo do Laboratório de Teoria Social, Filosofia e Psicanálise.

A presente pesquisa pretende realizar um exame crítico das estratégias diagnósticas em curso na psiquiatria, na teoria social e na psicanálise. O objetivo é formar um quadro de referências para o entendimento das patologias sociais. Consideram-se os trabalhos de Adorno, Foucault, Lyotard, Deleuze e Honneth, especificamente quanto à sua utilização e exame da prática e conceitografia psicanalítica. Pretende-se extrair implicações das teses destes autores para a própria renovação da prática diagnóstica em psicanálise bem como para o reposicionamento do alcance e limites da diagnóstica psiquiátrica. Propõe-se um protocolo clínico que reúna e organize diferentes planos de consideração da patologia social. Utiliza-se o método baseado na construção de casos clínicos para verificar a pertinência do protocolo clínico assim delimitado.

Cuidado e criação na clínica contemporânea

Coordenador: Daniel Kupermann

A pesquisa procura investigar de que modo à clínica psicanalítica é capaz de constituir meios de resistência ético-política, frente às modalidades de poder vigentes na sociedade de controle contemporâneo, com o objetivo de facilitar a emergência de processos criativos, capazes de promover modos de subjetivação mais afinados com a singularidade daqueles que apresentam sofrimento psíquico.

Clínica Psicanalítica: Interfaces com a Cultura

Coordenadora: Eva Maria Migliavacca

Os objetivos consistem em investigar as realizações culturais e a concepção psicanalítica de vida psíquica e estabelecer diálogos entre os dois campos. Para isso, o projeto inclui pesquisas que contemplem obras de arte e da literatura, teatro e narrativas mitológicas, consideradas do ponto de vista de expressão da vida psíquica. As pesquisas são orientadas com a metodologia psicanalítica, que observa a dinâmica do funcionamento mental nas suas manifestações explícitas e implícitas simultaneamente. As pesquisas são orientadas com a metodologia psicanalítica, que observa a dinâmica do funcionamento mental nas suas manifestações explícitas e implícitas, simultaneamente.

A Clínica do Self : o idioma pessoal

Coordenador: Gilberto Safra

Investigação no processo e pelo método psicanalítico do modo de ser do analisando (estética, linguagem, jogo) visando à explicitação de princípios hermenêuticos que possam levar a compreensão do idioma pessoal do analisando e o modo como o seu self organiza-se esteticamente. Por meio da explicitação do idioma pessoal do analisando, busca-se não só adequar à situação clínica à singularidade do paciente, mas também explicitar referentes psíquicos que auxiliem o estudo das formas contemporâneas de subjetivação e de adoecimento.

Interseccionalidade e Alteridade: Trajetórias de Imigrantes e Redes de Apoio

Coordenadora: Ilana Mountian

Este projeto visa desenvolver o debate sobre o imigrante considerando a posição discursiva do outro. Esse projeto fará o mapeamento conceitual da noção do outro para a psicanálise, para os estudos imigratórios pós-coloniais, estudos feministas e quer, o que permitirá a análise crítica sobre a posição discursiva do imigrante. Além de contar com a análise da pesquisa de campo, considerando esses aspectos em intersecção.

Conjugalidade e Parentalidade nas Famílias Reconstituídas: transmissão psíquica e possibilidades clínica

Coordenadora: Isabel Cristina Gomes

Há mais de uma década temos direcionado nossas pesquisas dentro da clinica psicanalítica de casais e famílias, tomando como referencial teórico basicamente a psicanálise vincular argentina e os franceses, em especial Eiguer (1998) e Käes (2011), esse ultimo com os conceitos de transmissão psíquica (inter e transgeracional) e pacto denegativo, primordialmente. Ao longo do tempo as pesquisas clínicas foram sendo associadas aos estudos psicossociais, no sentido de complementar a visão e formação do clínico incorporando as mudanças que foram ocorrendo na família, na passagem do modelo tradicional para as novas configurações familiares da atualidade, que por sua vez geraram novos conflitos e patologias no interior do grupo familiar e no ambiente social mais amplo. Nesse projeto pretendemos nos deter no complexo interjogo entre conjugalidade e parentalidade nas famílias reconstituídas, definindo-as como aquelas que surgem de recasamentos a partir de um divórcio anterior de um ou ambos os parceiros, com filhos desse(s) casamento(s) anterior (es). A partir de material clinico colhido por meio do atendimento de psicoterapia psicanalítica a 10 casais da clinica-escola Durval Marcondes (IP), aprofundaremos o entendimento dessa interface entre conjugalidade e parentalidade nas famílias reconstituídas, que vieram buscar ajuda psicológica com demanda pontuada no(s) filho(s); promovendo um ambiente de desenvolvimento mais saudável para todos os envolvidos, particularmente as crianças, mais dependentes do equilíbrio emocional dos pai.

A Psicanálise como analisadora da Sociedade: A articulação necessária entre a Psicologia e a Teoria Social

Coordenador:  Ivan Ramos Estevão
Essa pesquisa tem como objetivo fazer um mapeamento dos avanços pós-freudianos em termos da injunção entre psicanálise e sociedade, produzindo uma análise do que foi feito sobre isso até o momento.

Isso implica em sair do campo exclusivamente de Freud e Lacan para acompanhar o caminho feito por outros estudiosos da psicanálise. Temos aí dois grupos, amplos: de um lado os psicanalistas que trabalham nesse ponto de borda entre a psicanálise e a teoria social, dando preferência – mas não exclusividade – aos de leitura lacaniana; de outro, os não psicanalistas, que se valem da psicanálise como instrumento para se pensar o social.

Optamos por nos focar no conceito de pulsão e gozo como norteadores para a análise destes autores, dando relevo sempre em como são articulados para se tratar de questões próprias ao campo da sociabilidade. Pretendemos traçar a apreensão e uso que estes autores fazem da psicanálise tendo como foco tais conceitos.

A Psicanálise e a criança: a infância e os sintomas atuais

Coordenadora: Leia Priszkulnik

Pesquisa teórico-clínica que visa questionar e refletir sobre as diversas formas de tratar as crianças, circunscrever a clínica psicanalítica com crianças e delimitar as fronteiras entre o campo da Psicanálise e os campos da Medicina, da Pedagogia e o Jurídico. O método utilizado para o estudo e a pesquisa é o psicanalítico, com uma análise crítica da Psicanálise em seu corpo teórico e em sua aplicação prática, segundo a Psicanálise francesa de orientação freud-lacaniana. O eixo das investigações são as questões sobre a criança em campos institucionais variados (Escola, Hospital Geral, Jurídico) e sobre as repercussões psíquicas do “adoecimento”.

A Psicanálise e as demandas contemporâneas: o psicanalista e a saúde pública

Coordenadora: Leia Priszkulnik

Pesquisa teórico-clínica que visa refletir sobre a constituição do campo psicanalítico, circunscrever a metodologia psicanalítica e delimitar as fronteiras entre o campo da Psicanálise e os campos da Medicina e da Psicologia. O método utilizado para o estudo e a pesquisa é o psicanalítico, com uma análise crítica da Psicanálise em seu corpo teórico e em sua aplicação prática, segundo a Psicanálise francesa de orientação freud-lacaniana. O eixo das investigações são as questões sobre o corpo, sobre o sujeito, sobre as formas de sofrimento subjetivo, sobre o trabalho do psicanalista no Hospital Geral e nas equipes de saúde pública.

Análise Das Demandas Dos Profissionais De Saúde Para Atuação Do Psicólogo Em Atividades De Assistência, Ensino E Pesquisa No Hospital Universitário Da Universidade De São Paulo

Coordenadora: Maria Livia Tourinho Moretto

A presença do psicólogo clínico como parte integrante na equipe de saúde de um hospital público universitário deve estar vinculada à possibilidade deste de implantar e desenvolver projetos articulados que visam a assistência integral à saúde, o ensino e a produção de conhecimento na área por meio de pesquisa científica. Este estudo visa investigar e analisar as demandas de profissionais da saúde para atuação do psicólogo em atividades de assistência, ensino e pesquisa no Hospital Universitário da Universidade de São Paulo, a fim de possibilitar a posterior construção de projetos clínicos de natureza clínica interventiva, que articulem assistência, ensino e pesquisa, aumentando as chances de resolubilidade dos problemas diagnosticados e, consequentemente, a qualidade dos serviços oferecidos.

Psicanálise, Saúde e Instituição

Coordenador:  Maria Lívia Tourinho Moretto

Este estudo toma como eixo temático principal a articulação entre Psicanálise, Saúde e Instituição. Aborda como temática de estudo tanto os limites quanto as contribuições da Psicanálise à área da Saúde, no que tange à vertente clínica do trabalho do psicanalista nas diversas instituições de saúde, à vertente institucional do mesmo, incluindo aí o atendimento clínico a pessoas em sofrimento psíquico, a abordagem clínica do corpo tal como definido pela psicanálise, a inserção do psicanalista em equipes de saúde e sua participação na produção de políticas públicas de saúde; tem como objetivo principal a construção de dispositivos clínicos-teóricos de trabalho psicanalítico nas diferentes instituições de saúde, que representem contribuições significativas no âmbito da formação dos psicólogos, na ampliação do escopo teórico-clínico da própria Psicanálise e a produção e a transmissão do conhecimento produzido por meio da pesquisa na área.

 

Clínica e Política: Dispositivos de pesquisa-intervenção psicanalítica com populações em situação de vulnerabilidade social

Coordenadora: Miriam Debieux Rosa

Esta pesquisa pretende fundamentar dispositivos de pesquisa-intervenção psicanalítica fora dos enquadres tradicionais, com populações em situação de vulnerabilidade social seja por condições sócio-econômicas, sexo, idade, etnia.A pesquisa utiliza-se dos conceitos, fundamentos, ética e método psicanalíticos. O material clínico utilizado será selecionado de supervisões, de projetos de pesquisa e intervenções. Em particular o foco será nos trabalhos desenvolvidos no Projeto de Extensão desta Universidade, Migração e cultura: experiências de intervenção junto a pessoas em situação de vulnerabilidade psíquica e social. Serão analisados os seguintes aspectos teórico-clínico-metodológicos: 1. os efeitos disruptivos na subjetividade como conseqüências da vulnerabilidade social, propiciadora de violação de direitos e da exposição ao desamparo econômico,social e discursivo; 2. os processos sociais e subjetivos de elaboração dos impasses de laço social nestes sujeitos.3. os dispositivos de pesquisa-intervenção psicanalítica favorecedores da escuta e restituição do sujeito em situação de risco social.
A relação adolescência e cidadania: observação de modos de produção subjetiva que propiciem o percurso subjetivo que faz relação entre o desejo e os valores da cidade e inaugura a responsabilização pelos atos e a cidadania.
O imigrante e imigrante nos tempos da globalização.

Sofrimento Humano e Estudo da “Eficácia Terapêutica” de Enquadres diferenciados

Coordenadora: Tânia Maria José Aiello Vaisberg

O projeto abrange investigações psicanaliticamente orientadas que abordam o uso de mediações facilitador de expressão individual e coletiva. Compreende tanto o estudo psicanalítico de representações sociais, em contexto de pesquisa-intervenção clínico-social, quanto à investigação de novas abordagens psicoterapêuticas definidas a partir de diversas formas de materialidade mediadora, as quais podem ser apropriadamente designadas como arteterapia, individual e grupal, na clínica do self.

Práticas Clínicas: fundamentos, procedimentos e interlocuções

Desenvolvimento da fenomenologia da vida de Michel Henry no cruzamento com o pensamento lusófono e ibero-americano.

Coordenador: Prof. Dr. Andrés Antúnez

A Fenomenologia da vida de Michel Henry e as psicoterapias, que desenvolvemos há três anos no âmbito do projeto de investigação internacional “O que pode um corpo?” cumprem os objetivos desse projeto, cujos frutos serão publicados no livro “Fenomenologia da Vida de Michel Henry: interlocução entre filosofia e psicologia” (No prelo – Editora Escuta), organizado por mim, Profa. Florinda Martins e Dra. Maristela Vendramel Ferreira. A obra reúne investigadores nacionais e internacionais, em equilíbrio de produção. Neste ano daremos início ao projeto “Desenvolvimento da fenomenologia da vida de Michel Henry no cruzamento com o pensamento lusófono e ibero-americano”, fazendo a interlocução entre Michel Henry e a literatura brasileira, portuguesa e de língua espanhola, articulando com dados da clínica. Objetivos: Repensar a clínica, reposicionando-a a partir da compreensão do estudo da pessoa humana, por meio da afetividade abordada a partir de seu vértice fenomenológico. Essa vertente inclui o diálogo interdisciplinar entre a Clínica Psicoterapêutica e a Filosofia contemporânea de Michel Henry, quem se debruçou sobre o sofrimento e a vida, a barbárie a partir da modernidade, que ameaça a dignidade e a existência humana.

Fundamentos fenomenológicos em Edith Stein e a pwsicopatologia fenomenológica na clínica

Coordenadora: Andrés Antúnez

Objetivos: A clínica psicoterapêutica é reposicionada a partir dos estudos sobre intropatia que Edith Stein desenvolveu em seu doutorado, sob orientação de Edmund Husserl. Ampliando e discutindo o conceito de contratransferência desenvolvido na psicanálise. Como concepção de homem utilizamos os estudos sobre a estrutura da pessoa humana, em seus aspectos corporais, psíquicos e espirituais: os primeiros aproximam o homem aos animais e natureza, os segundos são desprovidos de controle deliberado, são reações de atração ou repulsão independentes da vontade pessoal (comuns nos animais e inexistentes na natureza) e os terceiros tratam da capacidade singularmente humana, que pode usar a liberdade e tomar uma decisão. Objetivos: Os casos clínicos são refletidos em seus aspectos universais e pessoais. Procura-se assim ampliar a compreensão da complexidade humana, verificando como cada paciente está formado e as possibilidades de desenvolver recursos e potenciais ainda não aproveitados. Integrantes: Suzana Filizola Brasiliense Carneiro (doutoranda). (b) Descrição: a psicopatologia fenomenológica tem seus primeiros representantes em Karl Jaspers (1916), Ludwig Binswanger e Eugène Minkowski (1920). Este último desenvolve o método fenômeno-estrutural em suas obras: A Esquizofrenia (1926), O tempo vivido (1933) e tratado de psicopatologia (1966/1999). Minkowski busca compreender as vivências de tempo e espaço em psicopatologia, realizando uma compreensão essencial da personalidade humana, não só diagnosticando pela razão os sinais e sintomas, mas levando em consideração os sentimentos e afetividade, instrumentos principais da própria personalidade do clínico. Recentemente, com os intercâmbios com a Professora Angela Ales Bello, entrei em contato com a psicopatologia fenomenológica de Binswanger, representante dessa corrente até a década de 60 e do italiano Bruno Callieri até nossos dias e serão articuladas à obra de Minkowski. Objetivo: Busca-se compreender as dificuldades e sofrimentos humanos a partir daqueles que sofrem, como os pacientes descrevem em sua linguagem corporal e verbal as doenças que os afetam? A partir daí podemos nos aproximar do modo de ser de nosso semelhante, em direção ao idioma pessoal (Safra, 2004) dos mesmos. Na contemporaneidade há uma tendência em classificar os transtornos que afetam as pessoas e como conseqüência o tratamento visa à medicalização sintomática; na psicopatologia fenômeno-estrutural procuramos compreender os mecanismos essenciais de linguagem e comportamentos: os mecanismos de ligação e ruptura, a vitalização ou desvitalização do contato com a realidade e ambiente, as compensações fenomenológicas.

Mecanismos de mudança clínica na terapia analítico-comportamental e generalidade a diferentes contextos

Coordenadora: CLAUDIA KAMI BASTOS OSHIRO CLEMENTE.

Descrição: Visando investigar melhor os mecanismos de mudança clínica da Psicoterapia Analítica Funcional (FAP) com clientes que apresentam problemas interpessoais, este projeto de pesquisa tem por objetivo geral identificar e descrever algumas variáveis responsáveis pela mudança clínica e avaliar os efeitos delas sobre os comportamentos clinicamente relevantes em diferentes contextos. Propõe-se responder a duas perguntas gerais: 1) Quais são os efeitos das intervenções FAP sobre determinados clientes e queixas em contextos de atendimento de grupo e de terapia individual?; 2) O tipo de delineamento experimental é um artefato que potencializa os efeitos da evocação e do reforçamento? O presente projeto também se propõe a replicar o estudo com vários clientes e queixas incluindo atendimentos em grupo e casos individuais, buscando a generalidade dos dados. Metodologia: Sessões de psicoterapia serão gravadas após consentimento informado dos participantes e com este material, sistemas de categorização serão utilizados/criados para a sistematização do que acontece no processo psicoterápico. A partir dos dados já sistematizados em torno das categorias serão realizados diferentes ensaios de análise dos dados, incluindo análises de frequência e de sequência de categorias, bem como de análise sequencial.

A atuação clinica em serviços-escola de Psicologia: novas formas de avaliação e intervenção

Coordenação: Profa. Dra. Edwiges Ferreira Mattos Silvares
Conta com a participação de dois professores externos ao IP: 
Maria Cristina Oliveira Miyazaki ( Faculdade de Medicina de São Jose do Rio Preto - FAMERP) e,
Prof. Francisco Lotufo Neto Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - Ipq – FMUSP

Todo serviço-escola de psicologia, ao mesmo tempo em que possibilita ao aluno a atuação clínica através de modalidades de atendimento psicológico, deveria propiciar o estudo de tais modalidades propondo diversas formas de atendimento que mais se ajustem às características de sua clientela. Dentre as possíveis maneiras mais indicadas para atender às demandas da população que se beneficia desses serviços encontram-se: a) inversão do fluxo do atendimento, expandindo a sua atuação a centros de saúde, hospitais e centros comunitários; b) busca de novas formas universais e padronizadas de avaliação, a fim de conhecer melhor a clientela e possibilitar a comunicação multidisciplinar e c) busca de novas formas de atendimento, aplicando os conhecimentos gerados pelos atendimentos em outras áreas a fim de favorecer a população que não é alcançada pela clínica-escola. O presente trabalho tem como objetivo estudar algumas formas de avaliação e intervenção dentro desse contexto. As ferramentas de avaliação a serem pesquisadas (validadas) são os instrumentos da família ASEBA, em especial o CBCL, o YSR e o SCICA. A área de intervenção se voltará para o tratamento da enurese, um dos distúrbios mais prevalentes da infância, através de tratamento com alarme ou o tratamento da ansiedade infantil, também um problema cujos estudos são cada vez mais necessários, dada a demanda crescente.

Atendimentos breves e multiprofissionais em Serviços-Escola e Instituições

Coordenadora: Eliana Herzberg

Objetivo: Investigar formas de atendimento breve, visando tanto corresponder à demanda dos clientes quanto a otimização dos recursos profissionais existentes nas instituições. Abarcam modalidades de atendimento em triagem estendida, desaparecimento de crianças e adolescentes em delegacia de polícia e de gestantes em assistência pré-natal, parto e puerpério e oficinas terapêuticas de crianças com a utilização de contos de fadas.

Câncer, mitos e crenças

Coordenador: Elisa Maria Parahyba Campos

Descrição: Pesquisa exploratória sobre a visão dos estudantes das áreas de saúde com o objetivo de identificar quais as crenças e mitos que permeiam o conceito que esses estudantes têm a respeito do câncer. 
Nossa proposta é investigar o quanto os estudantes das áreas de saúde pensam câncer de uma forma subjetiva, influenciados por mitos e crenças, independentemente da classe sócio-econômica à qual pertençam.

Transtornos de Desenvolvimento: aspectos diagnósticos e terapêuticos

Coordenador: Francisco Baptista Assumpção Júnior

Objetiva investigar os diferentes transtornos do desenvolvimento dentro de um modelo de diagnóstico descritivo, em populações clínicas que recorram a atendimento.
Sujeitos: crianças e adolescentes que apresentem transtornos de desenvolvimento.
Utiliza metodologia quantitativa a partir de escalas diagnósticas e entrevistas semi-estruturadas, principalmente valendo-se de estudos de caso-controle.

A Constituição Do Self No Mundo Contemporâneo: Maternidade, Relações Familiares, Situações Traumáticas
Coordenadora: Profa. Dra. Ivonise Fernandes da Motta

A pesquisa visa estudar as vicissitudes da constituição do self no mundo contemporâneo. Buscamos investigar esse problema desde as relações mãe-bêbe, situações de adoção, relações pais e filhos entre outras. Interessa-nos compreender de que modo situações traumáticas podem afetar a constituição do self.

Avaliação Psicológica no Contexto da Violência Doméstica Contra Crianças e Adolescentes no Brasil: Estudos com Instrumentos Psicológicos

Coordenadora: Leila Tardivo

A compreensão e o conhecimento da experiência emocional de crianças e adolescentes vítimas de violência doméstica se torna cada vez mais relevante, em função do número crescente de casos e das sérias conseqüências que o fenômeno acarreta ao processo de desenvolvimento e à saúde física e mental das vítimas. Além disso, trata-se de problemática com deletérios efeitos sociais tais como inadaptação escolar e repetição de atos violentos em cadeia, dentre outros. Aproximamo-nos da avaliação das crianças que vivem essa triste realidade, tendo realizado ampla pesquisa de tradução e validação do Inventário de Frases na Avaliação da Violência Doméstica (Tardivo e Pinto Junior, 2010), e vem se evidenciando necessidades de se aprofundar esse conhecimento e de se ter mais instrumentos aptos à sua avaliação. As técnicas projetivas, desde que validadas e aprovadas, configuram poderoso recurso no contexto do Psicodiagnóstico, pois permitem a expressão de aspectos inconscientes, favorecendo o tratamento e encaminhamento adequados.

A pesquisa será desenvolvida com 1030 crianças de ambos os sexos, de 6 a 12 anos de idade, distribuídas em diversas regiões do Brasil, sendo 515 com confirmação de serem vitimas de violência doméstica, e 515 de mesmo sexo e idade, das mesmas regiões, sem suspeita de vitimização). Dessa forma, no Estado de São Paulo, deverão participar do grupo total, 550 crianças (275 do grupo experimental e 275 do grupo controle), considerando a Capital e ABC (165 vítimas e 165 controles); e de outras cidades do interior, como Sorocaba, São Jose dos Campos e São José do Rio Preto, com a participação de 60 crianças em cada uma destas (metade em cada grupo), e ainda 100 de Guaratinguetá (50 vítimas e 50 controles). Essa pesquisa pretende abranger distintas regiões do Brasil, assim as crianças se distribuirão nos Estados do Rio de Janeiro; em Porto Alegre (RS) e em São Luis (MA) , Salvador (BA) Fortaleza (CE), Manaus (AM).  

Comportamento Agressivo e Rejeição entre Pares na Infância: Prevenção e promoção da Competência Social

Coordenadora: Profa. Dra. Marcia Helena da Silva Melo Bertolla

Descrição: O presente estudo tem como objetivo a prevenção do transtorno de conduta por meio da promoção da competência social numa população indicada de crianças que manifestam comportamento agressivo. Nesse sentido, este estudo propõe um tratamento conjugado envolvendo crianças e seus pais.

Serão participantes crianças entre sete e oito anos de idade – que manifestem comportamentos agressivos –, cursando o 2º ou 3º ano do ensino fundamental (1º ciclo) e seus pais ou responsáveis. Serão informantes os professores e os colegas de classe das crianças participantes. Serão utilizados Entrevista semi-estruturada, Teste Sociométrico por Nomeação, Lista de Verificação Comportamental para Crianças e Adolescentes – CBCL 6/18, Lista de Verificação Comportamental para Professores – TRF/6-1 e Inventário de Estilos Parentais – IEP. Os grupos de tratamento e controle serão randomicamente selecionados. Serão comparadas mudanças no comportamento agressivo das crianças com o status sociométrico, a fim de determinar o impacto do treino de habilidades sociais em crianças com comportamento agressivo nas condições de rejeição e (não) rejeição.

Análises Comportamentais de Sessões de Psicoterapia: Comparação de métodos de coleta e categorização de dados

Coordenadora: Profa. Associada Sonia Beatriz Meyer 

Objetivo: Desenvolver e avaliar métodos de coleta e análise de dados de sessões de psicoterapia que identifiquem os efeitos que os comportamentos de um membro da díade terapeuta-cliente produzem sobre o outro (ou que permitam a identificação de outras variáveis de controle) e que permitam comparações entre estudos, de forma a promover generalidade dos resultados obtidos.

Metodologia: Sessões de psicoterapia são gravadas após consentimento informado dos participantes e com este material, sistemas de categorização são criados e utilizados. A partir dos dados já sistematizados em torno das categorias são realizados diferentes ensaios de análise dos dados, incluindo análises de freqüência e de seqüência de categorias, bem como diferentes modalidades de análise sequencial. 

Os diferentes métodos de análise e coleta de dados podem variar em dimensões como: 

  • Material analisado: algumas sessões ou terapia inteira.
  • Delineamento de pesquisa: descritivo ou experimental.
  • Pesquisador e terapeuta: a mesma pessoa ou pessoas diferentes.     
  • Categorias: pré-definidas ou pós-definidas.